Faça parte do canal da Metropole no WhatsApp >>

Quarta-feira, 24 de abril de 2024

Home

/

Notícias

/

Cultura

/

'Jah-Van': clássicos de Djavan são regravados em reggae por grandes artistas

Cultura

'Jah-Van': clássicos de Djavan são regravados em reggae por grandes artistas

Produzido por Bid, o álbum traz Arnaldo Antunes, Ivete Sangalo, Criolo, The Abyssinians, Zeca Baleiro, Chico César, Seu Jorge e outros

'Jah-Van': clássicos de Djavan são regravados em reggae por grandes artistas

Foto: Divulgação

Por: James Martins no dia 14 de dezembro de 2018 às 14:30

O primeiro disco autoral de Djavan, intitulado "A Voz, o Violão, a Música de Djavan" e lançado em 1976, trazia, por escolha do produtor Aloysio de Oliveira, oito sambas em suas 12 faixas. À época, o jovem compositor alagoano ficou decepcionado e descontente: "Eu queria mostrar, naquele disco de estreia, que eu tenho uma profunda diversidade em minha música", disse ele em entrevista sobre sua discografia. Mais tarde, Djavan entendeu que Aloysio percebera, sim, sua diversidade, expressa justamente naqueles sambas.  

O tempo passou e a tal diversidade do artista se impôs à MPB em clássicos compostos por ele nos mais diversos ritmos: choros, valsas, baiões, baladas etc. Agora, com o lançamento do álbum "Jah-Van – Djavan goes Jamaica", ela, a diversidade djavânica volta a se apresentar por meio de um único gênero. E mais: um em que ele (que se saiba) nunca compôs – o reggae!
 
Idealizado e produzido por Eduardo Bidlovski (que tinha 10 anos quando Djavan lançou aquele 1° LP) e pelo baixista alagoano Fernando Nunes, "Jah-Van" surgiu meio misteriosamente há 10 meses, com duas faixas lançadas no canal Vevo, no YouTube: "Nem um Dia", por Chico César, e "Meu Bem Querer" por Seu Jorge e Black Alien. Agora, as outras seis versões pintam para completar o trabalho. Dentre elas, "Sina", cantada por Arnaldo Antunes com participação do rapper Rincón Sapiência. E com direito a vídeoclipe dirigido por Camila Cornelsen e Thales Banzai. 

Curiosamente, no verso que diz "caetanear o que há de bom", e em que muitos substituem o neologismo por "djavanear" (inclusive o próprio Caetano), Arnaldo parece cantar "chapanear" – em alusão à ganja sagrada do rastafarianismo, de que o reggae é a expressão musical. 
  
As outras excelentes versões são: "Azul" (Fernanda Abreu), "Lilás" (Ivete Sangalo), "Esquinas" (Maestro Tiquinho e Jah-Van Band), "Cigano" (Criolo e The Abyssinians), "Açaí" (Zélia Duncan e Assucena), "Faltando um Pedaço" (Zeca Baleiro) e "Samurai" (Dada Yute). Curta e chape: