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Tom Zé lembra aulas de violão a Moraes Moreira e define: ‘Além de ser bom artista, tinha caráter’

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Tom Zé lembra aulas de violão a Moraes Moreira e define: ‘Além de ser bom artista, tinha caráter’

Cantor e compositor falou à Rádio Metrópole sobre a potencialidade do integrante dos Novos Baianos

Tom Zé lembra aulas de violão a Moraes Moreira e define: ‘Além de ser bom artista, tinha caráter’

Foto: Divulgação

Por: Juliana Almirante no dia 15 de abril de 2020 às 12:12

O cantor e compositor Tom Zé contou hoje (15), em entrevista à Rádio Metrópole, que deu aulas de violão ao também cantor e compositor Moraes Moreira, que morreu na segunda-feira (13), em Salvador, aos 72 anos. 

Tom Zé lembrou que estava no seminário de música de uma universidade, quando Moreira chegou  dizendo que queria estudar violão e tocou para ele. “Eu vi que ali tinha a potencialidade de um artista. Eu disse: tá bem, então vou lhe ensinar de graça. Seria, normalmente, uma aula por semana. Eu não ensinava música cifrada para ele estudar. Eu tinha método de ensinar a harmonizar, independentemente”, recorda.

Ele disse que, em cada aula, que ocorria mensalmente, dava lições para o aluno aprender e se surpreendia com o desempenho dele. “Eu ensinava uma coisa dessa e ele passava um mês trabalhando. Quando ele voltava, estava tocando 10 vezes melhor do que eu aquela aula. E já tinha explorado em diversas direções. Às vezes, trazia até música feita e tal. Em 4 aulas e 4 meses, já acabou tudo que tinha que ensinar”, afirma.

Tom Zé relatou ainda que foi ele que apresentou a Moraes Luiz Galvão, que se tornou integrante do Novos Baianos. Logo depois, a dupla já começou a fazer música juntos e acabaram formando o grupo. “Quando eu vi eles cantando, que coisa luminosa que canções tiradas do momento presente. Que coisa encantadora”, elogia.

Ele disse que continuou acompanhando Moreira depois do fim dos Novos Baianos, na carreira solo, por afinidade com a sua obra. “Ele era muito carinhoso e outra coisa, ele era uma pessoa que além de ser músico e bom artista, tinha caráter, o que é uma coisa muito rara na profissão (risos)”, brincou.