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Haddad diz que reforma administrativa deve começar por supersalários

Economia

Haddad diz que reforma administrativa deve começar por supersalários

Governo já enviou propostas ao Congresso; Câmara instala grupo para apresentar texto da reforma em 45 dias

Haddad diz que reforma administrativa deve começar por supersalários

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Por: Metro1 no dia 02 de junho de 2025 às 13:52

Atualizado: no dia 02 de junho de 2025 às 13:59

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (2) que a reforma administrativa deve começar pelo enfrentamento dos supersalários no serviço público. Em coletiva de imprensa, ele disse que o governo federal já encaminhou propostas ao Congresso Nacional abordando o tema, incluindo mudanças na aposentadoria das Forças Armadas.

“Nós já mandamos algumas dimensões da reforma administrativa que, na minha opinião, deveriam preceder toda e qualquer votação: que é a questão dos supersalários e do acordo que foi feito com as forças sobre aposentadoria”, declarou. “Daríamos um bom exemplo para começar a discutir esse tema, começando pelo topo do serviço público”, acrescentou.

Haddad também criticou o uso da expressão “reforma administrativa”, afirmando que há exageros em torno do conceito. “Precisamos notar que quando você fala em reforma administrativa tem um pouco de um fetiche em torno da expressão, mas quando você faz a conta, a conta não fecha. Então, precisa [ter] cautela”, disse.

Alternativa ao IOF

Na Câmara dos Deputados, o presidente Hugo Motta anunciou a criação de um grupo de trabalho para discutir a reforma administrativa. A iniciativa, lançada no dia 21 de maio, busca ser uma alternativa ao aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). O grupo terá um representante de cada partido e um prazo de 45 dias para apresentar uma proposta.

Motta afirmou que espera votar o texto em plenário ainda no primeiro semestre. “Esse projeto não atende a um polo ou outro representado na Casa, mas a uma sociedade que clama por serviços públicos de melhor qualidade”, disse.

Ele destacou que o objetivo não é retirar direitos de nenhuma categoria. “Que possamos pensar, ao discutir essa matéria, em quem está na ponta e mais precisa e quem depende dos serviços públicos para acessar ações que, às vezes, demoram ou são inacessíveis”, declarou.