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Vencedor do Nobel de Economia define taxação de Trump ao Brasil como “maligna” e “motivo de Impeachment”

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Vencedor do Nobel de Economia define taxação de Trump ao Brasil como “maligna” e “motivo de Impeachment”

Economista vê ação como tentativa de intimidar o Brasil

Vencedor do Nobel de Economia define taxação de Trump ao Brasil como “maligna” e “motivo de Impeachment”

Foto: Oficial White House/Daniel Torok

Por: Metro1 no dia 10 de julho de 2025 às 07:50

O economista e vencedor do Nobel de Economia Paul Krugman criticou as tarifas de 50% impostas por Donald Trump sobre exportações brasileiras, afirmando que a medida tem “fins políticos” e seria motivo para impeachment do presidente americano. Em artigo publicado nesta quarta-feira (9), Krugman observou que Trump não apresenta uma justificativa econômica para a ação, sugerindo que a tarifa visa punir o Brasil e por seu apoio a Jair Bolsonaro. O economista questionou a eficácia de Trump em usar tarifas para pressionar um país com mais de 200 milhões de habitantes e que não depende dos EUA para sua economia.

Krugman ainda qualificou a ação como "maligna e megalomaníaca", argumentando que a medida é desproporcional e irracional. Para ele, o Brasil, com seu mercado diversificado, não deve se submeter às ameaças de Trump, especialmente considerando que as exportações brasileiras para os EUA representam menos de 2% do PIB do país.

O governo dos EUA notificou oficialmente o Brasil sobre a elevação da tarifa, citando o julgamento de Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF) como uma “vergonha internacional”. Em resposta, Lula afirmou que o Brasil não aceitará pressões externas e que recorrerá à Lei da Reciprocidade Econômica para reagir à imposição unilateral de tarifas. A nova taxa começará a valer em 1º de agosto.

Trump, sem apresentar provas, argumentou que a decisão foi motivada por ataques ao sistema eleitoral e à liberdade de expressão dos EUA, mas os números comerciais não corroboram suas alegações. O Brasil mantém um superávit no comércio com os EUA, ao contrário do déficit mencionado por Trump, segundo dados oficiais.