
Economia
Inflação em outubro desacelera e alimentos caem pelo 5° mês consecutivo
Gasolina, etanol e passagens aéreas elevam o índice, mas alimentos reduzem pressão

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
A prévia da inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), ficou em 0,18% em outubro. O aumento dos combustíveis pressionou os preços, mas a queda dos alimentos pelo quinto mês seguido ajudou a desacelerar a inflação, que acumula 4,94% em 12 meses, acima da meta do governo de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual.
Entre os grupos pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), transportes tiveram a maior alta, com 0,41%, puxados por gasolina (0,99%), etanol (3,09%) e passagens aéreas (4,39%). Também subiram vestuário (0,45%), saúde e cuidados pessoais (0,24%), habitação (0,16%) e despesas pessoais (0,42%). Por outro lado, alimentos e bebidas caíram 0,02%, comunicação recuou 0,09% e artigos de residência tiveram queda de 0,64%, aliviando o impacto geral sobre a inflação.
A redução da conta de luz residencial, que caiu 1,09% com a mudança da bandeira tarifária vermelha do nível 2 para 1, também ajudou a desacelerar o índice. A cobrança extra na energia serve para cobrir o custo mais alto das termelétricas usadas quando as hidrelétricas estão com pouca água.
O IPCA-15 funciona de forma parecida com o IPCA, a inflação oficial, mas coleta preços antes do fim do mês e em 11 cidades. O IPCA completo abrange 16 regiões. Ambos acompanham preços para famílias que ganham de 1 a 40 salários mínimos. O resultado oficial do IPCA de outubro será divulgado em 11 de novembro.
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