
Economia
Trabalhadores dos Correios rejeitam proposta e negociação segue para dissídio
Impasse entre empresa e sindicatos leva caso ao TST, com possibilidade de julgamento durante recesso

Foto: Joédson Alves/Agência Brasil
Os trabalhadores dos Correios rejeitaram a proposta de Acordo Coletivo de Trabalho apresentada pela empresa após assembleias realizadas na terça-feira (23) para pôr um fim a greve. Do total de entidades sindicais, 18 se posicionaram contra o texto, enquanto 16 aprovaram, resultado que encerra a fase de negociação direta entre as partes.
Com a rejeição, o processo será encaminhado para dissídio coletivo no Tribunal Superior do Trabalho (TST), que passa a mediar formalmente o conflito e poderá definir as cláusulas do acordo. Diante do risco de paralisação e do impacto na prestação de serviços, ministros da Seção Especializada em Dissídios Coletivos foram colocados de prontidão para eventual julgamento imediato, mesmo durante o recesso do Judiciário.
A proposta recusada previa reajuste salarial de 5,13% a partir de janeiro de 2026, pagamento retroativo e correção futura pelo INPC, além da renovação da maior parte das cláusulas vigentes, com exclusões em benefícios como o adicional mensal de vale-alimentação. O impasse ocorre em meio à situação financeira delicada da estatal, que acumula prejuízo bilionário e executa um plano de reestruturação para os próximos meses.
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