Economia
Confiança das micro e pequenas empresas fica em 51 pontos em setembro
A queda das vendas foi a principal razão para essa piora entre 77% dos entrevistados
Foto: Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas
O índice de confiança dos micro e pequenos empresários ficou em 51,0 pontos em setembro ante os 51,1 pontos registrados em agosto, o que mostra que a proximidade com as eleições não alterou a visão dos empresários.
Segundo a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), o Indicador de Condições Gerais, que avalia a percepção dos últimos meses, ficou em 39,8 pontos e o Indicador de Expectativas, que projeta um horizonte futuro de seis meses, marcou 59,4 pontos.
“Os dados mostram que a maioria dos empresários de menor porte está otimista com o futuro, mas ainda em compasso de espera. Alguns indicadores macroeconômicos apresentam sinais de melhora, mas as disputas eleitorais sempre geram incerteza. Isso faz com que a confiança não deslanche, mas também não retroceda aos patamares do auge da crise”, disse o presidente da CNDL, José Cesar da Costa.
A pesquisa indica ainda que, para 53% dos micro e pequenos empresários, a economia piorou nos últimos seis meses. Aqueles que notaram melhora nesse período foram 17%. Quando analisam o desempenho do próprio negócio, 24% avaliaram que sua empresa avançou e 36% disseram que piorou.
A queda das vendas foi a principal razão para essa piora entre 77% dos entrevistados. O aumento dos preços da matéria-prima e dos produtos foi citado por 30% e 10% disseram ter sentido as consequências da inadimplência de seus clientes. Já entre os que observaram melhora nos negócios, 61% disseram ter vendido mais no período e 23% atribuem a uma melhora da gestão da empresa.
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