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Alunos que usam celular por muito tempo tiveram pior desempenho no Pisa 2022

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Alunos que usam celular por muito tempo tiveram pior desempenho no Pisa 2022

Oito em cada 10 alunos brasileiros de 15 anos disseram que se distraem com o uso de celulares nas aulas de matemática, disciplina que recebeu o foco nesta edição do levantamento

Alunos que usam celular por muito tempo tiveram pior desempenho no Pisa 2022

Foto: LBeddoe/Shutterstock

Por: Metro1 no dia 06 de dezembro de 2023 às 10:15

Atualizado: no dia 06 de dezembro de 2023 às 15:47

O relatório do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) de 2022, divulgado nesta terça-feira (5) pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), apontou que alunos que usam smartphones e outros dispositivos digitais, entre cinco e sete horas por dia, tiveram pontuação menor nos testes.

Oito em cada 10 alunos brasileiros de 15 anos, ou seja, 80% disseram que se distraem com o uso de celulares nas aulas de matemática. Outros países como Argentina, Canadá, Chile, Finlândia, Nova Zelândia e Uruguai seguiram o mesmo indicador. Outros 59% relataram que a distração foi causada por colegas estarem usando os dispositivos.

Na média dos países da OCDE, são seis estudantes a cada 10 que se distraem com os aparelhos digitais. No Japão, que lidera as primeiras posições no ranking geral, 18% dos estudantes disseram perder a concentração com celulares.

O Pisa mede o desempenho dos estudantes de 15 anos em matemática, leitura e ciências. As habilidades em matemáticas receberam maior foco nessa edição. No ranking geral da disciplina, sete em cada 10 estudantes brasileiros não sabem o básico esperado. Isso significa que 73% não conseguem resolver contas simples.

Proibição dos celulares 

O relatório aponta que o uso de celular em escola tem sido um tema controverso e desafiador para os gestores de educação nos país. A proibição do celular nem sempre é eficaz. 

Alunos de 13 países frequentam escolas onde o uso do telefone é proibido, segundo a avaliação. Nessas nações, identificou-se que o percentual de distração em sala de aula é menor, entretanto os jovens não apresentaram uso mais responsável dos aparelhos.