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Conselho do Vitória aponta omissão de informações sobre contratações e projeta rombo de R$ 12 milhões
Em relatório divulgado nesta segunda-feira (23) no site oficial do clube, o Conselho Fiscal do Vitória analisou as contas do primeiro semestre do rubro-negro e apontou um rombo de R$ 12 milhões nos cofres do Leão da Barra. Assinado pelo presidente do colegiado, Walter Tannus, o relatório foi encaminhado no início de agosto ao presidente do Conselho Deliberativo do Vitória, Paulo Catharino Gordilho Filho. [Leia mais...]

Foto: Divulgação/ECV/Maurícia da Matta
Em relatório divulgado nesta segunda-feira (23) no site oficial do clube, o Conselho Fiscal do Vitória analisou as contas do primeiro semestre do rubro-negro e apontou um rombo de R$ 12 milhões nos cofres do Leão da Barra. Assinado pelo presidente do colegiado, Walter Tannus, o relatório foi encaminhado no início de agosto ao presidente do Conselho Deliberativo do Vitória, Paulo Catharino Gordilho Filho.
O conselheiro aponta que não foram entregues documentos que contenham informações sobre contratações de atletas e o percentual pago a empresários. Tannus ressalta que o Conselho Fiscal solicitou os dados à diretoria, mas ela não havia entregue até a confecção do relatório.
A análise do colegiado fez referência ao que os conselheiros chamaram de \"desrespeito na execução orçamentária\", apontando o valor de R$ 10,1 milhões gasto somente no primeiro semestre. Ainda de acordo com o documento, o fluxo de caixa apresentado pelo departamento financeiro do Leão apresenta números que projetam saída de cerca de R$ 90 milhões do clube, visto que o próprio Vitória havia divulgado orçamento com pretensão de gastar apenas R$ 78 milhões em 2017.
Licenciado, Ivã ainda deve salário ao Vitória
O Conselho Fiscal também informou a Catharino que o presidente licenciado do clube, Ivã de Almeida, tomou adiantados cerca de R$ 42 mil do clube, restituindo posteriormente R$ 33 mil. Até o dia 2 de agosto, no entanto, o documento diz que o dirigente rubro-negro ainda não havia quitado os débitos.
No fim de agosto, oposicionistas acusaram Ivã de Almeida de pedir dois meses de salário adiantados. Em resposta, o presidente licenciado declarou na época que não havia atentado contra o estatuto do Vitória. \"Não há nada de errado ou irregular no que aconteceu\", disse Ivã, por meio de nota.
Diante disto, o Conselho Fiscal, por meio do relatório, recomendou que a prática fosse vedada pelo Conselho Deliberativo.
Vitória pagou empresas sem licitação ou contrato
O relatório destaca empresas prestadoras de serviço ao clube receberam dinheiro mesmo sem contrato vigente entre elas. De acordo com o documento, a Agência Bull, sediada em Lauro de Freitas, por exemplo, recebeu R$ 180 mil do clube, mesmo sem licitação ou contratos firmados com o Vitória. O colegiado também questiona a contratação da empresa FutebolCard, responsável pela administração das catracas do estádio Barradão e ingressos, teria sido contratada sem o respeito a processos licitatórios.
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