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Vitória em sono profundo: enquanto Bahia se moderniza, Leão faz mais do mesmo

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Vitória em sono profundo: enquanto Bahia se moderniza, Leão faz mais do mesmo

O fundo do poço não chegou. Mas está à vista. Vexames dos últimos anos fazem torcida do Vitória lutar por um rubro-negro mais moderno e aberto. Mas quem continua no clube se recusa a abrir o rubro-negro e largar o osso. [Leia mais...]

Vitória em sono profundo: enquanto Bahia se moderniza, Leão faz mais do mesmo

Foto: Felipe Oliveira/EC Vitória/Divulgação

Por: Matheus Morais no dia 05 de junho de 2015 às 10:46

Eleito com 186 de 238 votos para um mandato “tampão” de pouco mais de um ano, o presidente do Esporte Clube Vitória, Raimundo Viana, 74 anos, é o que se pode chamar de ímã de problema. Desde que assumiu a presidência do rubro-negro baiano, no começo de abril, o advogado não teve mais sossego. 

A sucessão de fracassos, como a eliminação — pelo terceiro ano seguido — para o Ceará na Copa do Nordeste e o fracasso diante do ASA na Copa do Brasil, azedou de vez a relação do mandatário com a torcida. No fundo do poço, Viana ainda assiste impávido ao início ainda irregular do Leão na Série B. 

Sem a certeza de continuar no comando do clube até o fim do seu mandato, Raimundo Viana é alvo de críticas da torcida, que pede sua saída da presidência, a realização de eleições diretas e mudanças emergenciais no estatuto do clube. 

Para piorar, o presidente parece carregar nas costas a inoperância de seu antecessor, Carlos Falcão. Em comum entre os dois, além da coleção de fracassos recentes, a passividade de quem espera a Série C chegar sem pedir licença.

“Gestão Falcão levou o vitória ao caos, então a de viana deveria ter oxigenação”

Um dos principais nomes de oposição no Vitória, o secretário municipal de Mobilidade, Fábio Mota, diz que o maior erro de Viana foi conservar as ações do ex-presidente Carlos Falcão. “A gestão dele é continuidade de Falcão. A de Falcão foi sem planejamento e levou o Vitória ao caos. Isso afetou a imagem do Vitória e afastou o torcedor. A gestão de Viana teria de ser nova, com oxigenação, com abertura do clube para novas pessoas”, analisou. 

Para o presidente do conselho deliberativo do Vitória, José Rocha, Viana precisa investir em contratações para tirar o time da crise. “Precisamos contratar bons jogadores para tirar o clube dessa situação. Esse é o segredo”, afirmou. 

“Que o título de conselheiro não sirva só pra presentear”

A oposição deu um passo importante nesta semana, quando decidiu unificar uma frente para as eleições do clube, marcadas para o fim de 2016. Segundo o presidente da Frente 1899 e integrante do Movimento Vitória Livre, Augusto Vasconcelos, o objetivo da união é democratizar e profissionalizar o Vitória. 

“Estamos unificados a favor das diretas. Queremos que sócios com 18 meses ininterruptos de adesão possam ser candidatos. Além disso, queremos o conselho mais ativo. Que o título de conselheiro não funcione apenas para presentear amigos”, criticou.

Após renúncia, Falcão se recusa a falar

Após afundar o Vitória à Série B e renunciar ao comando do clube, Carlos Falcão preferiu se fechar em copas. O ex-presidente, agora apenas conselheiro, recusa-se a comentar qualquer assunto relacionado à sua gestão ou ao futuro do clube. Procurado pela Metrópole, Falcão afirmou que não se pronunciaria mais sobre sua passagem pela presidência. “Agora sou apenas conselheiro e prefiro não falar”, disse. 

Saída de portela cria racha

Além da crise dentro de campo, o Vitória também enfrenta uma grave situação em seus bastidores políticos. A saída de Alexi Portela da presidência do conselho fiscal, no mês passado, expôs ainda mais o racha entre os grupos políticos no rubro-negro. 

Portela já demonstrava incômodo com a política feita pelo seu sucessor e apadrinhado Carlos Falcão, porém os dois permaneceram unidos e indicaram o nome de Raimundo Viana à presidência do Vitória. 

Contudo, a permanência de grande parte da diretoria da administração anterior na gestão de Viana teria irritado profundamente Alexi e seu grupo político. A gota d’água para Portela foi a derrota do Leão para o Sampaio Corrêa, na estreia do Campeonato Brasileiro da 2ª Divisão, quando o ex-presidente decidiu deixar de vez suas funções no clube.