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Ativista brasileiro detido por Israel após missão humanitária em Gaza recusa extradição
Internacional
Ativista brasileiro detido por Israel após missão humanitária em Gaza recusa extradição
Thiago Ávila é um dos oito ativistas que seguem presos após tentativa de furar bloqueio; governo brasileiro cobra libertação

Foto: Reprodução/Redes Sociais
O brasileiro Thiago Ávila continua preso em Israel após se recusar a assinar documentos de extradição. Ele é um dos 12 ativistas detidos ao tentar furar o bloqueio imposto à Faixa de Gaza para entregar ajuda humanitária. Segundo o governo israelense, outros sete integrantes do grupo também permanecem detidos e devem ser levados a uma autoridade judicial.
“Aqueles que se recusarem a assinar os documentos de expulsão e a abandonar Israel serão levados a uma autoridade judicial, de acordo com a legislação israelense, para que autorize sua expulsão”, afirmou o ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Sa’ar.
A defesa dos ativistas pretende solicitar que eles sejam liberados sem extradição para que possam continuar a missão humanitária. A Coalizão da Flotilha da Liberdade, responsável pela ação, classificou as detenções como arbitrárias e a interceptação do barco como ilegal. Segundo o grupo, impedir ajuda humanitária constitui crime de guerra.
Quatro passageiros já foram deportados para seus países, entre eles a sueca Greta Thunberg. O governo israelense divulgou uma foto da ativista dentro do avião. Também retornaram Baptiste Andre e Omar Faiad, da França, e Sergio Toribio, da Espanha.
Barco interceptado por Israel
A embarcação Madleen, que levava alimentos e medicamentos, foi interceptada por Israel em águas internacionais. O barco integra a Freedom Flotilla Coalition, que partiu da Itália em 1º de junho e fez uma escala no Egito antes de seguir para Gaza.
Em publicações feitas antes da interceptação, Thiago Ávila alertava para o risco de ataque. “Estamos para ser atacados pelo mais cruel e odioso exército do mundo”, afirmou. Após a interrupção de contato, ele deixou um vídeo programado com a mensagem: “Se você está assistindo a este vídeo, quer dizer que fui detido ou sequestrado por Israel”.
A mulher de Thiago, Lara, divulgou um apelo pela libertação do ativista. “Nós precisamos da ajuda de vocês, que cobrem parlamentares, o Itamaraty, o governo brasileiro”, disse. O casal tem uma filha de um ano.
O barco chegou ao porto de Ashdod por volta das 20h45 (14h45 em Brasília) escoltado por navios da marinha israelense. Após o desembarque, os 12 passageiros passaram por exames médicos.
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