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Teerã realiza funeral de cúpula nuclear iraniana e ministro exige "tom respeitoso" de Trump para negociações
Internacional
Teerã realiza funeral de cúpula nuclear iraniana e ministro exige "tom respeitoso" de Trump para negociações
Cerimônia ocorre no quinto dia do cessar-fogo frágil entre Teerã e Tel Aviv

Foto: Reprodução/X
O Irã realiza neste sábado (28) o funeral de Estado de cerca de 60 oficiais superiores e cientistas nucleares mortos por Israel durante a guerra iniciada em 13 de junho. A cerimônia ocorre no quinto dia de um cessar-fogo frágil entre Teerã e Tel Aviv, e em meio a novas ameaças feitas ao Irã pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Nesta manhã, o chanceler iraniano, Abbas Araghchi, reagiu às últimas declarações do líder americano, que na véspera afirmou ter "salvado" o aiatolá iraniano Ali Khamenei de ser assassinado. "Se o presidente Trump deseja realmente chegar a um acordo, deveria deixar de lado seu tom desrespeitoso e inaceitável em relação ao líder supremo iraniano, o grande aiatolá Khamenei, e deixar de ferir seus milhões de apoiadores sinceros", escreveu Araghchi na rede social X.
"O grande e poderoso povo iraniano, que tem mostrado para o mundo que o regime israelense NÃO TINHA OUTRA OPÇÃO além de correr para o 'papai' para evitar ser aniquilado por nossos mísseis, não aprecia ameaças e insultos", acrescentou o ministro.
Imagens exibidas pela televisão estatal mostraram uma multidão reunida no centro de Teerã em torno do cortejo fúnebre dos "mártires da guerra imposta pelo regime sionista". Os caixões estão envoltos em bandeiras iranianas e trazem retratos dos comandantes mortos uniformizados. Nas ruas, milhares de iranianos agitavam bandeiras da República Islâmica com os punhos erguidos. "Boom, boom Tel Aviv", dizia uma faixa, referindo-se aos mísseis iranianos disparados contra Israel durante o conflito em retaliação aos ataques ao Irã.
Em sua plataforma, Truth Social, Trump criticou severamente Teerã por afirmar ter vencido a guerra contra Israel, e anunciou que suspenderia os trabalhos sobre um possível alívio nas sanções aplicadas ao país. O republicano acusou o líder iraniano de ingratidão, depois de Khamenei afirmar, em uma mensagem em tom desafiador, que os relatos sobre os danos causados pelos bombardeios americanos a suas instalações nucleares eram exagerados e que os Estados Unidos levaram uma "surra".
"Eu sabia EXATAMENTE onde ele se refugiava e não quis deixar que Israel ou as Forças Armadas dos Estados Unidos, de longe as maiores e mais poderosas do mundo, lhe tirassem a vida", postou Trump.
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