Presidente do Equador propõe “castração química” para estupradores

O presidente do Equador, Daniel Noboa, anunciou nesta sexta-feira (11) o envio de uma proposta de reforma constitucional à Assembleia Nacional para permitir a castração química de estupradores. A medida surge após a repercussão do caso do deputado Santiago Díaz Asque, acusado de abusar sexualmente de uma menina de 12 anos.

Em publicação no X, Noboa afirmou que “estupradores merecem castração química e pena de prisão”, e defendeu a urgência da proposta, cujo conteúdo completo ainda não foi divulgado. Díaz, do partido Revolução Cidadã, é investigado pelo Ministério Público, nega as acusações, mas foi expulso da legenda.

“Agora será a vez da Assembleia. O país precisa saber quem realmente apoia as vítimas e quem está disposto a proteger os agressores”, declarou o presidente, que tem perfil conservador e maioria no Legislativo, o que pode facilitar a tramitação da proposta.

A castração química utiliza medicamentos para inibir o impulso sexual e já é adotada em países como Rússia, Polônia, Indonésia, Coreia do Sul, Moldávia e em parte dos EUA, como punição e prevenção contra crimes sexuais.