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Israel avança no centro de Gaza pela 1ª vez

Internacional

Israel avança no centro de Gaza pela 1ª vez

É a primeira vez que Israel invade Deir Al-Balah, onde ao menos três pessoas morreram por bombardeios de blindados

Israel avança no centro de Gaza pela 1ª vez

Foto: Reprodução X @AvichayAdraee

Por: Metro1 no dia 21 de julho de 2025 às 14:14

Atualizado: no dia 21 de julho de 2025 às 17:04

O Exército israelense avançou pela 1ª vez nesta segunda-feira (21) sobre Deir al-Balah, no centro da Faixa de Gaza. Os tanques entraram pelas regiões sul e leste da cidade, onde as FDI (Forças de Defesa de Israel) dizem acreditar que o Hamas ainda mantém reféns sequestrados durante os ataques de outubro de 2023.

"As Forças de Defesa estão trabalhando com grande vigor para destruir as capacidades inimigas e a infraestrutura terrorista na área, expandindo suas atividades em uma área onde nunca operaram antes", disse o porta-voz o Exército israelense Avichay Adraee em publicação no X. 

No domingo (20), o Exército israelense ordenou a evacuação da área e alertou para a operação contra militantes do Hamas. Segundo médicos locais, bombardeios atingiram ao menos 8 casas e 3 mesquitas, matando 3 palestinos. As informações são da Reuters. Deir al-Balah era uma das poucas regiões ainda sem presença de tropas israelenses e abrigava milhares de palestinos deslocados. O avanço militar forçou dezenas de pessoas a fugir novamente, dessa vez rumo a Khan Yunis, no sul do enclave palestino.

Fontes militares israelenses disseram que evitaram operações anteriores na cidade por temerem a presença de reféns. Agora, acreditam que cerca de 20 dos 50 ainda estejam vivos na região. O Hamas já ameaçou matá-los se Israel tentasse um resgate. Apesar do risco, o Exército afirmou que “opera com grande força para destruir as capacidades inimigas e a infraestrutura terrorista na área”.

Enquanto isso, Israel e Hamas continuam negociando, com mediação do Qatar e apoio dos Estados Unidos, uma trégua de 60 dias e a libertação dos reféns. Um porta-voz do Hamas afirmou à Reuters que o agravamento da crise humanitária pode prejudicar as conversas.