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Gabinete de Israel aprova plano de Netanyahu para ocupar toda a Faixa de Gaza
Internacional
Gabinete de Israel aprova plano de Netanyahu para ocupar toda a Faixa de Gaza
Operação começará pela Cidade de Gaza e prevê retirada da população; comunidade internacional critica decisão

Foto: Alan Santos/PR
O gabinete de segurança e assuntos políticos de Israel aprovou, nesta sexta-feira (8), o plano do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu para ocupar a totalidade da Faixa de Gaza. Segundo comunicado oficial, a operação começará pela Cidade de Gaza, capital do território palestino, que abriga cerca de 1 milhão de pessoas. O plano prevê a retirada dos moradores.
O Exército israelense também fará a distribuição de ajuda humanitária nas áreas ocupadas. O comunicado afirma que a medida foi aceita porque “a maioria absoluta dos ministros do gabinete acreditava que o plano alternativo apresentado não alcançaria a derrota do Hamas nem o retorno dos reféns”.
O gabinete aprovou ainda cinco princípios para o fim da guerra: desarmamento do Hamas; retorno de todos os reféns sequestrados — vivos ou mortos; desmilitarização da Faixa de Gaza; controle de segurança israelense sobre o território; e criação de um governo civil alternativo que não seja nem o Hamas, nem a Autoridade Palestina.
Na quinta-feira (7), Netanyahu confirmou em entrevista à TV americana Fox News os planos de ocupar toda a Faixa de Gaza ao final da guerra, mas afirmou que não pretende anexar o território. “Nós não queremos ficar com Gaza, queremos um perímetro de segurança”, disse o premiê a repórteres em Tel Aviv.
A decisão provocou críticas da comunidade internacional, protestos em Israel e oposição dentro do próprio Exército. O chefe de Direitos Humanos da ONU, Volker Turk, declarou que o novo plano israelense causará mais mortes e sofrimento e precisa ser “imediatamente interrompido”.
O grupo Hamas classificou o controle da Cidade de Gaza como “crime de guerra” e afirmou que Netanyahu estaria disposto a “sacrificar” os reféns remanescentes para ganhos pessoais.
A ofensiva deve agravar a crise humanitária em Gaza, onde a população enfrenta fome generalizada. Desde o início do conflito, mais de 61 mil pessoas morreram no território palestino.
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