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Na ONU, Lula critica sanções de Trump e cita condenação de Bolsonaro: O Brasil deu um recado a autocratas

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Na ONU, Lula critica sanções de Trump e cita condenação de Bolsonaro: O Brasil deu um recado a autocratas

Mesmo sem citar o governo Trump, o presidente também criticou medidas externas tentando interferir no Brasil e reforçou que o país manterá sua independência nas relações internacionais

Na ONU, Lula critica sanções de Trump e cita condenação de Bolsonaro: O Brasil deu um recado a autocratas

Foto: Ricardo Stuckert / PR

Por: Metro1 no dia 23 de setembro de 2025 às 11:18

Atualizado: no dia 23 de setembro de 2025 às 11:34

O presidente Lula (PT) abriu, nesta terça-feira (23), seu discurso na Assembleia Geral da ONU citando "sanções arbitrárias" e "intervenções unilaterais". Ele falou logo após o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, e a presidente da 80ª Assembleia Geral, Annalena Baerbock. Sem mencionar o governo Trump, o mandatário brasileiro afirmou que a condenação de Jair Bolsonaro é um recado dado pelo Brasil a "candidatos a autocratas do mundo e àquelas que os apoiam".

"O Brasil deu um recado a todos os candidatos a autocratas e aqueles que os apoiam: nossa democracia e nossa soberania são inegociáveis", disse o presidente se referindo à condenação de Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal.

Mesmo sem citar o governo Trump, o presidente criticou medidas externas tentando interferir no Brasil e reforçou que o país manterá sua independência nas relações internacionais.

“Não há justificativa para as medidas unilaterais e arbitrárias contra as nossas instituições e nossa economia. A agressão contra a independência do Poder Judiciário é inaceitável. Essa ingerência em assuntos internos conta com o auxílio de uma extrema-direita subserviente e saudosa de antigas hegemonias. Falsos patriotas arquitetam e promovem publicamente ações contra o Brasil. Não há pacificação com impunidade”, disse.

Lula iniciou o discurso afirmando que os ideais que inspiram a ONU estão sob ameaça e que suas autoridades estão em xeque diante da "consolidação de uma desordem internacional marcada por seguidas concessões a políticos no poder". Ele ainda pontuou que há um evidente paralelo entre a crise do multilateralismo e o enfraquecimento da democracia, enquanto "atentados à soberania, sanções arbitrárias e intervenções unilaterais estão se tornando a regra".