EUA se recusam a serem avaliados na ONU por direitos humanos

O governo dos Estados Unidos decidiu não participar da avaliação da ONU sobre direitos humanos, prevista para esta sexta-feira (7). Inédita, a medida segue decreto do presidente Donald Trump que ordenou, em fevereiro, a saída do país de vários órgãos da ONU, incluindo o Conselho de Direitos Humanos (CDH).

Autoridades e defensores civis teceram duras críticas. Uzra Zeya, diretora da Human Rights First, organização internacional apartidária para defesa dos direitos humanos, declarou que a decisão "fragiliza um processo que contribuiu para os avanços alcançados em todo o mundo, incluídos os Estados Unidos".

A Revisão Periódica Universal (RPU) é um mecanismo criado em 2008 pelo CDH para avaliar, a cada quatro ou cinco anos, a situação do país em relação à defesa dos direitos humanos. A ausência coloca os EUA junto com Israel, que até então o único dos 193 Estados-membros que não se apresentou à sua própria revisão, em 2013.