
Internacional
Líderes da União Europeia aprovam pacote de ajuda à Ucrânia
A União Europeia pretendia cobrir cerca de dois terços do déficit da Ucrânia

Foto: Canva imagens
Os líderes da União Europeia anunciaram nesta sexta-feira (19) um plano de financiamento de bilhões de euros para apoiar a economia e as forças armadas da Ucrânia pelos próximos dois anos. O pacote será financiado por meio de empréstimos e, por enquanto, não vai usar os ativos russos congelados no bloco.
Segundo o Fundo Monetário Internacional, a Ucrânia deve enfrentar um déficit de US$ 160 bilhões nos próximos dois anos, em parte por causa da redução de ajuda dos Estados Unidos. A União Europeia pretendia cobrir cerca de dois terços desse valor. O presidente do Conselho Europeu, António Costa, informou que foi fechado um acordo para fornecer 90 bilhões de euros em apoio à Ucrânia entre 2026 e 2027.
O chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, confirmou que o acordo foi alcançado após negociações que se estenderam até a noite de quinta-feira (18). António Costa afirmou que o financiamento vai atender às necessidades mais urgentes da Ucrânia e que o país só começará a pagar o empréstimo depois que a Rússia pagar as reparações.
Costa também disse que a União Europeia autorizou o órgão executivo do bloco a estudar formas de usar os ativos russos congelados e que mantém o direito de utilizar esses recursos para pagar o empréstimo. Atualmente, o bloco possui cerca de US$ 246 bilhões em ativos russos congelados, a maior parte sob custódia da empresa Euroclear, na Bélgica.
O governo belga levantou preocupações sobre o uso desses ativos, temendo que a Rússia considere a medida ilegal. O primeiro-ministro da Bélgica, Bart de Wever, pediu garantias formais dos países do bloco para aprovar o empréstimo. Até agora, a União Europeia vinha usando apenas os juros desses ativos para ajudar a Ucrânia, enquanto as negociações seguiram de forma intensa antes da cúpula de quinta-feira.
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