Internacional
Maior usina nuclear do mundo será reativada no Japão após 15 anos desastre de Fukushima

Pequim acusa ala conservadora japonesa de estimular remilitarização

Foto: Canva Imagens
A China instou o Japão a interromper o que classificou como “ações provocativas” relacionadas a armas nucleares. A declaração foi feita nesta segunda-feira (22), após a imprensa japonesa noticiar que um alto funcionário da área de segurança sugeriu a possibilidade de o país adquirir armamento nuclear como forma de dissuasão contra eventuais agressores.
O comentário ocorre apesar de o Japão ter reafirmado, na última sexta-feira (19), seu compromisso histórico de não possuir, não produzir e não permitir a entrada de armas nucleares em seu território, política mantida desde o pós-Segunda Guerra Mundial.
Em coletiva de imprensa, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, afirmou que declarações feitas por integrantes do gabinete do primeiro-ministro japonês revelam uma tentativa deliberada de promover a remilitarização do país. Segundo ele, setores da direita japonesa estariam incentivando o fortalecimento militar sob o pretexto de segurança regional.
Lin Jian também citou declarações recentes da primeira-ministra japonesa Sanae Takaichi sobre Taiwan, feitas no início de novembro. Para o governo chinês, as falas indicam uma postura perigosa e não seriam episódios isolados, mas parte de uma estratégia mais ampla de endurecimento do discurso japonês.
As relações entre Pequim e Tóquio se deterioraram nas últimas semanas, especialmente após Takaichi afirmar que um eventual ataque da China a Taiwan, caso colocasse o Japão em risco, poderia provocar uma resposta militar japonesa. A China considera Taiwan parte de seu território e reage de forma contundente a qualquer manifestação externa que envolva apoio militar à ilha.
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