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Israel anuncia suspensão de dezenas de ONGs humanitárias na Faixa de Gaza
Internacional
Israel anuncia suspensão de dezenas de ONGs humanitárias na Faixa de Gaza
Medida começa em 1º de janeiro e atinge organizações como Médicos Sem Fronteiras, segundo o governo israelense

Foto: UNRWA/Divulgação
O governo de Israel anunciou, nesta terça-feira (30), que irá suspender a atuação de dezenas de organizações humanitárias que operam na Faixa de Gaza, sob a alegação de descumprimento das novas normas impostas pelas autoridades israelenses. A medida está prevista para entrar em vigor em 1º de janeiro e foi comunicada pelo Ministério dos Assuntos da Diáspora.
Entre as entidades afetadas estão organizações de atuação internacional reconhecida, como Médicos Sem Fronteiras, o Conselho Norueguês para Refugiados e o Comitê Internacional de Resgate.
A decisão gerou reação internacional. Ministros das Relações Exteriores de dez países, entre eles Canadá, Dinamarca, Finlândia, França e Islândia, divulgaram uma nota conjunta manifestando “séria preocupação com a renovada deterioração da situação humanitária em Gaza, que permanece catastrófica”.
No documento, os governos alertam que, com a chegada do inverno, a população civil enfrenta condições extremas, marcadas por chuvas intensas e queda das temperaturas. Segundo a declaração, cerca de 1,3 milhão de pessoas ainda necessitam de abrigo urgente no território.
Os ministros também apelaram para que a Organização das Nações Unidas (ONU) e suas agências parceiras possam manter suas atividades, consideradas essenciais para garantir a distribuição de ajuda humanitária de forma imparcial, neutra e independente em toda a Faixa de Gaza.
Apesar do atual processo de cessar-fogo, que encerrou dois anos de confrontos, o Exército israelense segue atuando na região, sob a justificativa de combater integrantes do grupo Hamas.
Em meio ao agravamento das condições climáticas, a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (Unrwa) afirmou nas redes sociais que os palestinos enfrentam frio intenso, chuvas e inundações. De acordo com a agência, famílias que vivem em tendas, prédios danificados e abrigos superlotados estão em situação crítica, “congelando, sem ter para onde ir com segurança”.
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