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Proibidos para menores de idade, patinetes elétricos viram febre entre adolescentes na saída das escolas

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Proibidos para menores de idade, patinetes elétricos viram febre entre adolescentes na saída das escolas

Segundo a Semob, a escolha desses pontos de parada e estacionamento para os patinetes é feita levando em consideração aspectos como proximidade de faixa de travessia

Proibidos para menores de idade, patinetes elétricos viram febre entre adolescentes na saída das escolas

Foto: OMS/Otávio Santos

Por: Metro1 no dia 01 de maio de 2025 às 07:25

Atualizado: no dia 01 de maio de 2025 às 09:45

Matéria publicada originalmente no Jornal Metropole em 1º de maio de 2025

Azulzinhos, rapidinhos e democráticos (até para quem não poderia utilizar). Se sua cabeça foi longe, calma, porque estamos falando dos patinetes elétricos, que chegaram às ruas de Salvador no início do ano e já carregam, na carona, uma série de polêmicas. Uma delas é o uso por crianças e adolescentes nas redondezas de escolas da capital, contrariando uma das principais regras: é proibida a condução por menores de idade.

À disposição logo ali
As cenas de adolescentes utilizando o tempo do recreio ou a hora de saída dos colégios para pilotar os patinetes já lotam as redes sociais. E a explicação é muito simples: azulzinhos, rapidinhos e democráticos à disposição em paradas próximas às escolas (Gregor Mendel, Anchieta, São Paulo são apenas algumas delas). E, claro, a facilidade para burlar a limitação de idade no login da plataforma. 

Acidentes na conta
A operação dos patinetes em Salvador é conduzida pela empresa JET, sob acompanhamento da Secretaria de Mobilidade Urbana. Para utilizar, é preciso baixar e fazer um cadastro em um aplicativo, onde as regras são apresentadas aos usuários. Mas infelizmente não basta aguardar que sejam cumpridas. Os acidentes já registrados estão aí para provar isso. Só nos últimos 15 dias de março, o Metro1 noticiou ao menos três acidentes envolvendo patinetes na região entre Barra e Ondina. 

Local perfeito para riscos
Segundo a Semob, a escolha desses pontos de parada e estacionamento para os patinetes é feita levando em consideração aspectos como proximidade de faixa de travessia, presença de infraestrutura cicloviária, largura da calçada e demanda e fluxo de usuários.

Mas, no caso do uso de patinetes em regiões escolares, os riscos acabam sendo ainda maiores, porque independentemente de quem pilota, trata-se de uma área já movimentada e que exige ainda mais cuidado dos condutores. Multiplique esses riscos quando se tem menores de idade pilotando em grupos entre as vias e calçadas.

Prevenir para não remediar
A secretaria, no entanto, alega que a empresa operadora tem uma equipe de monitoramento específica para este tipo de fiscalização e, no caso do flagrante de uso por menores de idade, o usuário tem a conta imediatamente suspensa. As velocidades de circulação no entorno das escolas também foram reduzidas e a pasta tem realizado ações educativas com apoio das diretorias escolares e, inclusive, com envio de comunicados às famílias. 

À espera da regulamentação
Por enquanto, a operação dos patinetes segue o que dispõe a normativa do Contran (Conselho Nacional de Trânsito), mas um grupo de trabalho, composto pela Saltur, Transalvador e pelas secretarias municipais de Mobilidade, Ordem Pública e Fazenda, está finalizando a proposta de regulamentação municipal e do termo de credenciamento do serviço para tentar aprimorar essa operação.