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Fim da 2ª Guerra Mundial completa 80 anos e relembra perigos que ainda ecoam no presente
Com o colapso da liderança nazista, o governo alemão assinou, em 7 de maio, a rendição incondicional e o cessar-fogo que entraria em vigor em 8 de maio
Foto: Domínio público
Matéria publicada originalmente no Jornal Metropole em 8 de maio de 2025
Em maio, o mundo relembra os 80 anos do fim da Segunda Guerra Mundial na Europa, marco histórico celebrado com a rendição incondicional da Alemanha nazista. Dia 8 de maio encerrava-se oficialmente seis anos de um dos conflitos mais devastadores da história, que deixou mais de 70 milhões de mortos.
O fim da Segunda Guerra Mundial na Europa foi marcado por uma série de eventos que culminaram na rendição da Alemanha. A invasão aliada, composta por forças dos Estados Unidos, Reino Unido e União Soviética, chegou a Berlim, a capital alemã, em abril de 1945. Sob o peso dessa ofensiva, o ditador Adolf Hitler se suicidou no dia 30 de abril, em seu bunker, e, com o colapso da liderança nazista, o governo alemão assinou, em 7 de maio, a rendição incondicional e o cessar-fogo que entraria em vigor em 8 de maio, que se tornou o Dia da Vitória na Europa. Apesar disso, a guerra no Pacífico continuou até o final de agosto, quando o Japão se rendeu após os bombardeios atômicos, sobre Hiroshima e Nagasaki, encerrando definitivamente o conflito global.
A perversidade do Holocausto
O marco dos 80 anos também reascende a memória sobre o horror que foi o Holocausto, com cerca de seis milhões de judeus exterminados em um dos capítulos mais sombrios da humanidade. Do caos, surgiram tentativas de evitar novas tragédias: a criação da ONU, os julgamentos de Nuremberg que colocaram nazistas no banco dos réus, e até a formação da União Europeia.
Os pracinhas na Europa
No Brasil, que chegou a se juntar às forças Aliadas no combate aos países do Eixo – Alemanha, Itália e Japão como os principais participantes –, soldados da Força Expedicionária Brasileira (FEB) embarcaram para a Itália e ficaram conhecidos como "pracinhas".
Contradições brasileiras
A história do Brasil na guerra ao nazifascismo, no entanto, é marcada por contradições. Em 1936, por exemplo, Olga Benário Prestes, militante comunista alemã e grávida de Luís Carlos Prestes, foi deportada pelo governo Vargas. Olga foi entregue à Alemanha nazista em 1936, revelando a cumplicidade de setores do Estado brasileiro com o regime de Hitler.
Lembrar para reconhecer riscos
O aniversário dos 80 anos do fim da guerra também acende um alerta sobre os perigos contemporâneos. Se em 1945 a luta contra o fascismo teve um caráter militar e geopolítico, hoje o combate se desloca para outros campos: a defesa da democracia diante do avanço de discursos autoritários, do extremismo político e da intolerância. Lembrar esta data é reforçar a importância de preservar a memória histórica e reafirmar os valores de paz, liberdade e democracia pelos quais tantos lutaram.
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