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Neojiba encanta plateia na Europa e é ovacionada em uma das salas mais prestigiadas do mundo
Na 9ª turnê internacional da osquestra, os músicos se apresentaram entre os dias 17 de maio e 3 de junho em seis países, passando por cidades como Hamburgo, Munique, Amsterdã e Paris
Foto: Divulgação/Neojiba/Daniel Dittus
Ovacionados de pé por minutos em uma das salas de concerto mais respeitadas do mundo. Assim o Neojiba encerrou sua apresentação no dia 22 de maio, na Elbphilharmonie, em Hamburgo, na Alemanha, um dos países que recebeu a nona turnê internacional da orquestra de 85 jovens talentos baianos.
Com ingressos esgotados
Nessa nona turnê, os músicos se apresentaram entre os dias 17 de maio e 3 de junho em seis países, passando por cidades como Hamburgo, Munique, Amsterdã e Paris. Em Hamburgo, os ingressos esgotaram. A sala, com capacidade para 2,1 mil pessoas, acolheu a orquestra brasileira com entusiasmo e curiosidade.
Fundador e diretor-geral do Neojiba, o regente Ricardo Castro revela que o grupo mal terminou a turnê e já recebeu convites para voltar à Europa em 2026 e 2027. “Existe um respeito profundo quando apresentamos compositores brasileiros ou latino-americanos. E quando isso é feito com excelência, como o NEOJIBA tem feito, o público europeu se rende, e isso emociona profundamente”, diz.
Olhos voltados também para casa
Apesar dos convites, o regente conta que o olhar do grupo está voltado agora para a celebração dos 20 anos do Neojiba em 2027. Ele diz “querer aproveitar esse marco para consolidar ainda mais a presença na Bahia e expandir”.
Além das fronteiras
Os longos minutos de aplausos na sala Elbphilharmonie fazem refletir também sobre a força de políticas públicas consistentes. Quando elas conseguem transformar realidades sociais e consolidar expressões culturais no campo da arte, o resultado pode emocionar o público além fronteiras.
É da Bahia, Brasil
A percussionista Amanda Rodovalho, o contrabaixista Miguel Bacelar, a trompetista Eduarda Almeida, a harpista Talita Santana e o violinista Isaac Bispo foram alguns dos donos de olhos que brilharam e se emocionaram nos palcos da Europa. Além da experiência e da pouca idade, juntos eles compartilham o orgulho de levar o nome da Bahia e do Neojiba para o mundo afora. “Olhar para a plateia e ver lotada, e isso pelo nome Neojiba, me emocionei muito”, conta Amanda.
Regidos por Ricardo Castro, os jovens apresentaram peças como Danças sinfônicas de West Side Story, de Bernstein, a Suíte Estância, de Ginastera, e o Concerto para Violino, de Sibelius, mas também criações marcadas por ritmos e sonoridades da América Latina, como Nazarenos, do argentino Osvaldo Golijov, que encerra com um samba sinfônico para dois pianos e orquestra.
As turnês internacionais do Neojiba, organizadas pelo Instituto de Desenvolvimento Social pela Música (IDSM), não utilizam recursos públicos, são, na verdade, viabilizadas com apoio de patrocinadores privados e produtores internacionais, um reflexo do reconhecimento que a orquestra conquistou no cenário mundial.
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