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Depois de 15 tentativas frustradas, antiga sede dos Correios na Pituba recebe propostas em novo leilão
Três propostas foram recebidas no último leilão, mas com lances inferiores aos R$109 milhões definidos como valor mínimo para o prédio
Foto: Metropress/Isabelle Corbacho
Matéria publicada originalmente no Jornal Metropole em 19 junho de 2025
Foram 15 bolas na trave, mas desta vez um gol pode ter sido marcado no caso envolvendo o leilão da antiga sede dos Correios, no bairro da Pituba. O terreno de quase 35 mil metros quadrados em uma das áreas mais valorizadas da cidade foi a leilão pela 16ª vez e agora, diferente das outras oportunidades, houve interessados, mas a estatal ainda tenta negociar.
Chute fora da área
O gol está sob análise do chamado VAR porque as três propostas recebidas tiveram lances inferiores aos R$109 milhões definidos como valor mínimo para o prédio. Por isso, os Correios tentam negociar com a empresa dona do maior lance.
Esses R$109 milhões não chegam nem à metade do lance mínimo inicial definido em 2018, logo após o fechamento da sede. À época, a estatal pedia um valor inicial de R$ 248 milhões. Não se aproxima também da média de valor do metro quadrado daquela região. Com base na estimativa do Índice FipeZAP de Venda e Locação Comercial, feito pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, entre abril de 2024 e 2025, o preço deveria ser cerca de R$190 milhões - levando em conta a média de R$5.426 por metro quadrado no bairro.
Mexendo no time
Os Correios justificam que a venda deste e outros imóveis ocorre quando estão “ociosos ou subutilizados” e “não estão agregando valor aos negócios da estatal”. “As alienações têm o objetivo de racionalizar despesas e arrecadar recursos para investimentos”, disse em nota.
A estrutura da antiga da sede dos Correios abarca 20 pavimentos de edifício empresarial, quatro andares de edificação anexa, auditório e restaurante, além de três portarias, estacionamentos e pátios de manobras. Fontes ligadas ao mercado imobiliário acreditam que, apesar do endereço cobiçado, o prédio já foi a leilão tantas vezes e ainda não foi vendido porque o valor não está de acordo com o nível do imóvel, principalmente quando somado o preço de compra com o investimento que precisaria ser feito para recuperá-lo.
Seria um investimento muito grande para um retorno que só aconteceria a longo prazo, avaliam. Mas os sucessivos cortes no lance inicial parecem finalmente ter movimentado os interessados.
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