Justiça
Governo negocia com MPF duas opções de ressarcimento a aposentados afetados pelas fraude no INSS

Em caso de condenação, as penas do empresário, somadas, podem superar os 50 anos de cárcere
Foto: Reprodução/Instagram
Preso desde abril do ano passado, o empresário Thiago Brennand, foi interrogado na última segunda-feira (22) em São Paulo, de forma remota, e ficou irritado ao ser questionado sobre seu histórico nas artes marciais. Demonstrando impaciência, ele chegou a citar que um dos advogados de acusação que o interrogava havia se envolvido em uma “briga de bar”.
O episódio acabou colocando em xeque a estratégia da defesa de vincular à imagem dele uma suposta personalidade pacífica. Além desse comportamento irritado, o empresário mostrou impaciência, com bocejos recorrentes e pedido de saída para tomar um remédio.
O interrogatório foi divulgado pelo jornal O Globo. Na gravação de quase 2h, é possível acompanhar os advogados questionandos quais esportes de luta Brennand praticava e quanto tempo ele levou para chegar à faixa preta. Brennand relutou em responder e chegou a questionar o juiz: "Devo responder isso?", perguntou.
"Tá bom, então: neste ano, vou para o sexto grau de faixa preta de jiu-jitsu, sexto grau de faixa preta em kickboxing e segundo grau em judô", enumerou.
Em seguida, ao ser perguntado sobre o tempo levado para chegar à faixa preta, Brennand se irritou: "Eu peguei a faixa preta em 1999. O senhor sabe dessa contagem e essa pergunta tem como finalidade me constranger". Em outro trecho, ao falar sobre sua suposta personalidade pacífica, ele alfinetou um dos advogados: "Eu nunca tive uma briga de bar, como teve o doutor João Manssur. Sou um cara muito tranquilo".
O empresário foi ouvido sobre as acusações de uma modelo, com a qual teve um breve relacionamento em 2021. Ela teria sido obrigada a tatuar as iniciais do nome dele no corpo. O Ministério Público aponta dezenas de crimes neste caso, como estupros, tortura lesão corporal, cárcere privado e constragimento ilegal. Em caso de condenação, as penas do empresário, somadas, podem superar os 50 anos de cárcere.
Na audiência, conduzida pela promotora Helena Cecília Diniz Teixeira Calado, ele negou fortemente os crimes dos quais é acusado.
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