Justiça
Barroso diz que "não existe caça às bruxas nem perseguição política" sobre julgamento de Bolsonaro

Caso que defende racismo reverso está sendo julgado em habeas corpus no TJ de Alagoas .
Foto: Pillar Pedreira/Agência Senado
A Defensoria Pública da União (DPU) se manifestou a respeito da impossibilidade da aplicação jurídica da tese do ‘racismo reverso’ no Brasil. Por meio de nota técnica, divulgada na última terça-feira (2), o órgão ressaltou a necessidade de que as normas que identificam e criminalizam o racismo recebam interpretação histórica, não podendo ser entendidas e aplicadas de forma literal.
A manifestação decorreu no contexto do julgamento de um habeas corpus protocolado no Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL) em um caso em que se apura a ocorrência de injúria racial contra um homem branco. Elaborada pelo Grupo de Trabalho de Políticas Etnorraciais da DPU, a nota alertou para os riscos de que a tese possa se propagar como uma argumentação válida no Judiciário brasileiro. Os defensores argumentam que a Lei de Racismo (Lei nº 7.716/89) tem por objetivo proteger grupos sociais historicamente discriminados.
A nota também ressalta que, na identificação das possíveis vítimas do racismo, é preciso lembrar as práticas discriminatórias da sociedade brasileira que sempre se voltaram a grupos que sofreram e ainda sofrem o processo de marginalização e exclusão social e cultural
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