
Justiça
PF identifica que Bolsonaro e Carlos recebiam informações ilegais da Abin paralela
PF indiciou outros 37 suspeitos

Foto: Vyacheslav Volodin
A Polícia Federal (PF) revelou que foi identificado que o ex-presidente Jair Bolsonaro e um dos seus filhos, o vereador Carlos Bolsonaro, eram os destinatários das informações ilegais produzidas pela Abin paralela (Agência Brasileira de Inteligência) durante a gestão do ex-diretor Alexandre Ramagem.
As ações buscavam favorecer os objetivos políticos e eleitorais do ex-presidente, como nos ataques às urnas eletrônicas. O relatório da PF indiciou 37 suspeitos de ilegalidades e apontou o núcleo político como “responsável por definir as diretrizes estratégicas", entre eles o ex-presidente, Jair Messias Bolsonaro, e seu filho, o vereador Carlos Nantes Bolsonaro.
A polícia identificou através de diálogos e documentos que as informações produzidas pela equipe de Ramagem buscavam abastecer o núcleo político da Abin paralela.
"As campanhas de desinformação direcionadas contra o sistema eleitoral foram produzidas com recursos humanos, técnicos e financeiros da Abin. A 'live' realizada por Jair Bolsonaro em que consta informações de inquérito da Polícia Federal obtido sob a justificativa de ser utilizado em comissão do parlamento federal foi fruto de ação iniciada na Abin", relatou a PF.
O relatório diz também que a estrutura da Abin foi usada para tentar ajudar filhos do presidente em investigações em curso.
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