
Justiça
Justiça decreta prisão preventiva de técnico que facilitou ataque à C&M
Caso foi considerado o maior ataque hacker já registrado ao sistema financeiro brasileiro

Foto: Reprodução/X
A Justiça de São Paulo decretou nesta sexta-feira (11) a prisão preventiva de João Nazareno Roque, técnico de TI de 48 anos que colaborou no ataque hacker à prestadora de serviços C&M Software. O golpe causou prejuízo estimado de R$ 800 milhões por meio de transferências fraudulentas via Pix. A informação é do jornal O Globo.
O técnico de TI ofereceu suas credenciais e acesso ao sistema financeiro para que o golpe pudesse ser aplicado pelos criminos. À polícia, Roque disse que os hackers envolvidos no ataque sabiam onde ele trabalhava e um deles o abordou em um bar. O técnico relatou que só se comunicava com eles por celular e que trocava de aparelho a cada 15 dias para não ser rastreado. Ele disse ainda ter recebido R$ 5.000 no início e, depois, mais R$ 10.000 em dinheiro. O caso foi considerado o maior ataque hacker já registrado ao sistema financeiro brasileiro.
Na madrugada de 30 de junho, criminosos acessaram o sistema da C&M com as credenciais do funcionário. Os invasores realizaram transferências em massa da conta do BMP (Banco Master) para dezenas de destinatários. A maior parte dos R$ 800 milhões foi direcionada para 3 instituições de pagamento —Transfeera, Nuoro Pay e Soffy— que foram suspensas cautelarmente do Pix pelo BC. O restante foi distribuído entre mais de 20 participantes do sistema.
Roque trabalhava na C&M desde 2022, onde atuou na maior parte do tempo como eletricista. A empresa é responsável por conectar bancos menores e fintechs aos sistemas Pix do Banco Central (BC).
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