
Justiça
Barroso diz que "não existe caça às bruxas nem perseguição política" sobre julgamento de Bolsonaro
Presidente do STF disse que julgamento se baseou em provas e elogiou os ministros da Primeira Turma dizendo que eles conduziram a ação penal com "serenidade" e "transparência"

Foto: Gustavo Moreno/STF
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, comentou nesta quarta-feira (17) a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outros sete réus pela trama golpista. Ele ressaltou que o processo não teve caráter político.
*"Não existe caça às bruxas ou perseguições políticas. Tudo que foi feito se baseou em provas, evidências exibidas publicamente, que demonstraram para todos os ministros, houve divergências como faz parte da vida. Mas para todos os ministros, houve prova, prova documentada, da existência de um plano para assassinar o presidente eleito, o vice-presidente e um ministro do Supremo Tribunal Federal. Prova documental e confissão", disse Barroso.
O ministro destacou ainda a atuação da Primeira Turma do STF, responsável pelo julgamento, e elogiou a forma como conduziu o caso, com “serenidade” e “transparência”.
Barroso também criticou a leitura equivocada, segundo ele, sobre o papel da Corte. Essa “incompreensão”, afirmou, resultou em sanções dos Estados Unidos contra magistrados, como cancelamento de vistos e punições previstas na Lei Magnitsky. "Acho que há uma imensa incompreensão. O tribunal não se manifestou publicamente sobre o que está acontecendo. Me senti motivado a fazer isso, até porque, como é público, eu tenho muitas ligações com os Estados Unidos, onde estudei, vivi e trabalhei em diferentes épocas da minha vida", declarou.
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