Justiça condena ex-presidente da Funai na gestão Bolsonaro por perseguição

A Justiça Federal do Amazonas sentenciou, nesta quarta-feira (16), Marcelo Augusto Xavier da Silva, ex-chefe da Funai no governo Bolsonaro, a dez anos de reclusão por denunciação caluniosa. A ação, movida pelo Ministério Público Federal, apontou perseguição a servidores, lideranças indígenas e entidades contrárias à aprovação do trecho da Funai no licenciamento do Linhão de Tucuruí.

De acordo com o juiz Thadeu Piragibe, da 2ª Vara Federal Criminal, Marcelo atuou para "pressionar e intimidar" servidores com o objetivo de acelerar o processo. Ele teria solicitado à Polícia Federal investigações infundadas para forçar o avanço da obra.

O magistrado afirmou que o ex-presidente usou acusações sabidamente falsas como forma de retaliação. As vítimas, segundo a decisão, "eram inocentes e foram inseridas injustamente nos procedimentos", contrariando interesses que Marcelo buscava atender.