Justiça
Moraes autoriza general acusado de participar da trama golpista a sair da prisão para fazer o Enem

Governador é acusado de usar contratações para obter vantagem eleitoral

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
A ministra Maria Isabel Galotti, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), votou, nesta terça-feira (4), pela cassação do mandato do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, por abuso de poder político e econômico nas eleições de 2022. Ela também defendeu a inelegibilidade de Castro por oito anos e a convocação de novo pleito estadual.
O voto inclui ainda a condenação do ex-vice-governador Thiago Pampolha, do ex-presidente da Fundação Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro (Ceperj), Gabriel Rodrigues Lopes, e do deputado estadual Rodrigo Bacellar.
A ministra, relatora do caso, afirmou que contratações irregulares na Ceperj e na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) foram feitas sem controle legal, com pagamentos realizados diretamente em agências bancárias. Testemunhas relataram pressão para atuar na campanha de Castro e publicar apoio em redes sociais em troca da permanência no emprego.
Galotti destacou que o governador teve papel central no esquema, autorizando e regulamentando práticas ilícitas. Após o voto, o julgamento foi interrompido por pedido de vista do ministro Antônio Carlos Ferreira, sem data definida para continuidade. Durante a sessão, o Ministério Público Eleitoral (MPE) defendeu a cassação, alegando uso político de contratações temporárias e repasses de R$ 248 milhões a projetos sem vínculo oficial, beneficiando 27 mil pessoas.
📲 Clique aqui para fazer parte do novo canal da Metropole no WhatsApp.