
Justiça
TCU determina bloqueio de R$ 1,141 bilhão em bens da família Odebrecht
O objetivo é criar formas de que haja a reparação integral de danos causados pela empresa

Foto: Sebastião Moreira/ EFE
O Tribunal de Contas da União (TCU) determinou, nesta quarta-feira (19), por 4 votos a 1, o bloqueio de R$ 1.141.638.765,60 em bens dos controladores do grupo Odebrecht, como Emílio e Marcelo Odebrecht. Para ter acesso aos bens pessoas da família, os ministros decidiram desconsiderar a existência da Construtora Noberto Odebrecht como empresa.
O objetivo é criar formas de que haja a reparação integral de danos causados pela empresa, que entrou com pedido de recuperação judicial na Justiça de São Paulo na segunda-feira (17). A Odebrecht é investigada pela operação Lava Jato e afirma ter dívidas de R$ 98,5 bilhões, no entanto, não teria patrimônio suficiente para a execução dos pagamentos.
O ministro Bruno Dantas apresentou a sugestão de medida cautelar após analisar uma auditoria do TCU nas obras da Repar (Refinaria Presidente Getúlio Vargas no Paraná) da Petrobras. A Lava Jato mostrou a formação de cartel entre empreiteiras do consórcio.
“Tal situação, evidentemente, coloca em risco a efetividade dos acordos de cooperação que as empresas do mencionado grupo econômico celebraram com o Poder Público. Nesse contexto, este Tribunal deve refletir se a mera existência desses compromissos é razão suficiente para afastar a adoção de uma medida cautelar que vise a assegurar a eficácia da decisão de mérito que será proferida no bojo do processo principal (TC 023.266/2015-5)”, afirmou Dantas em seu voto.
A 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais da Comarca de São Paulo, onde tramita o processo de recuperação judicial da Odebrecht, será informada sobre a medida.
Além dos bens de Emílio e Marcelo Odebrecht, Dantas determinou que outros acionistas da Construtora Norberto Odebrecht e da holding Odebrecht S.A., tenham os bens bloqueados.
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