Aras estuda dividir Lava Jato em quatro para diluir influência de Dallagnol

O procurador-geral da República, Augusto Aras, estuda dividir a força-tarefa da Lava Jato no Paraná em quatro, a fim de reduzir a influência do procurador Deltan Dallagnol sobre a operação. A informação é da coluna de Mônica Bergamo, na Folha.

Em setembro, Aras tem que decidir se prorroga ou extingue a força-tarefa. Uma opção sinalizada pelo procurador a interlocutores é a da transformação, a fim de acabar com o "lavajatismo" sem enterrar a Lava Jato.

Atualmente, há um ofício —ou o equivalente a uma vara na Justiça— liderado por Dallagnol que cuida do combate à corrupção. Seriam criados outros três, para atuar na mesma área. Assim, Dallagnol deixaria de responder sozinho pela Lava Jato, dividindo a função e o protagonismo com outros colegas, e a operação deixaria de ter “um dono”, como Aras costuma definir o procurador do Paraná. A mesma divisão ocorreria nas forças-tarefa de São Paulo e do Rio de Janeiro.

Ainda segundo a coluna, o lançamento de um edital para recrutar procuradores que queiram colaborar com as forças-tarefa da Lava Jato, na última sexta (24), estaria inserido nesse contexto.

Outra ideia de Aras é criar um órgão central para coordenar o trabalho das forças-tarefa espalhadas pelo país. O procurador-geral rechaça, no entanto, a ideia de escolher o nome para o comando do órgão por meio de lista tríplice.