Justiça
AGU suspende promoções em massa de procuradores federais após repercussão negativa
A suspensão foi determinada pelo procurador-geral federal, Leonardo Silva Lima Fernandes. Em despacho assinado por ele, as promoções teria sido realizadas de forma legal, mas seriam suspensas por razões de “conveniência e oportunidade”
Foto: Agência Brasil
Após repercussão negativa, a Advocacia-Geral da União (AGU) suspendeu hoje (24) a promoção de 607 procuradores federais que havia sido autorizada na semana passada. Desse total, 606 procuradores tinham sido promovidos à categoria especial, topo da carreira com salário de R$ 27,3 mil. O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (MP-TCU) pediu que a AGU não pagasse os reajustes previstos.
A suspensão foi determinada pelo procurador-geral federal, Leonardo Silva Lima Fernandes. Em despacho assinado por ele, as promoções teria sido realizadas de forma legal, mas seriam suspensas por razões de “conveniência e oportunidade”.
Ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) consideraram como “um escândalo” a promoção de uma única vez, de acordo com o jornal O Globo. O ato teria grande chance de ser derrubado pelo TCU no momento em que o país enfrenta uma crise causada pela pandemia do coronavírus e discute redução de gastos com pessoal e melhoria na qualidade do serviço público com a reforma administrativa, conforme apurado por um ministro da Corte.
O recuo da AGU, que anulou o ato da promoção e aumento de salário de seus procuradores, foi avaliado como razoável, segundo um ministro do TCU.
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