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Prefeito de Itabuna é condenado pelo TCU por gastos irregulares de verbas para vítimas das chuvas
Metropolítica

Por Jairo Costa Júnior
Notícias exclusivas sobre política e os bastidores do poder
Prefeito de Itabuna é condenado pelo TCU por gastos irregulares de verbas para vítimas das chuvas
Tribunal determina que Augusto Castro devolva R$ 353 mil aos cofres da União e pague multa de R$ 40 mil; recursos foram destinados em 2022 para socorrer moradores afetados pela última grande enchente do Rio Cachoeira

Foto: Divulgação
O prefeito de Itabuna, Augusto Castro (PSD), acaba de ser condenado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) a ressarcir os cofres públicos em R$ 353 mil por gastos irregulares de recursos federais voltados a socorrer vítimas das fortes chuvas que que assolaram a maior cidade do Sul da Bahia em 2021 e 2022. As verbas foram transferidas pelo Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR) no rastro da última grande enchente do Rio Cachoeira, ocorrida em dezembro de 2021, quando as águas subiram aproximadamente noves metros, invadiram o comércio no centro do município, alagaram diversos bairros e deixaram um rastro de danos a residências e estabelecimentos comerciais, além de centenas de desabrigados.
Silêncio nas contas
Com estado de emergência reconhecido pela Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, Itabuna recebeu gordos repasses do MIDR. Em apenas uma canetada, o ministério autorizou a transferência de R$ 83,6 milhões para a construção de quase 700 unidades habitacionais para moradores que tiveram suas casas destruídas pelos temporais. No entanto, o prefeito da cidade, segundo decisão do TCU, se omitiu "do dever de prestar contas" dos recursos destinados a ações de "socorro, assistência e restabelecimento" dirigidas às vítimas da chuva.
Ônus extra
Além de condenado a devolver os valores calculados pela corte de contas acrescidos de correção monetária e juros de mora, Augusto Castro, que se notabilizou por ser o primeiro prefeito reeleito na história de Itabuna, terá que pagar também multa de R$ 40 mil por causa das mesmas irregularidades. Ao mesmo tempo, o TCU determinou o envio de cópia do processo ao Ministério Público Federal na Bahia, para fundamentar uma eventual ação de improbidade administrativa contra Castro.
Esplanada Turismo
Levantamento feito pela coluna nas edições do Diário Oficial da União dos últimos 45 dias mostram que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva autorizou viagens internacionais para nada menos que 26 ministros de estado no período, com custos totais a cargo do caixa do governo federal. Os destinos foram os mais variados. Entre os quais, Nova York, Los Angeles, Paris, Londres, Pequim, Xangai, Lisboa, Madri, Barcelona, Helsinque, Copenhague, Oslo, Buenos Aires, Genebra, Bratislava, Basileia e Oslo.
Além da conta
Em alguns casos, há ministros de Lula que viajaram pelo menos duas vezes desde meados de abril. É o caso de Rui Costa (Casa Civil), Carlos Fávaro (Agricultura), Alexandre Padilha (Saúde), Marina Silva e o novato Frederico Siqueira (Comunicações). Na lista de rolés internacionais dos ocupantes da Esplanada dos Ministérios, há casos de viagens que duram de uma semana a dez dias, na maioria das vezes emendando o final de semana. O mais recente deles foi José Múcio Monteiro, ministro da Defesa, autorizado a passar oito dias em Paris, no período de 13 a 20 de junho, para participar do Paris Air Show, tradicional feira do setor de aviação, embora o evento só comece no dia 16.
Cortina de fumaça
Caciques do União Brasil garantem que, embora o ex-prefeito de Salvador ACM Neto jure de pé junto que sonha em consolidar a candidatura presidencial do governador goiano Ronaldo Caiado, o desejo real dele é ver o governador de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas (PSD), posicionado no páreo pelo Palácio do Planalto em 2026. Quem circula sua órbita mais próxima afirma que Neto só pensa nisso e que o apoio a Caiado é meramente protocolar.
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