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Segunda-feira, 18 de março de 2024

Política

Bolsonaro defende a pandemia para o povo não pedir seu impeachment, diz Nilo

Deputado federal avalia impacto do autoritarismo do governo e diz que Bolsonaro se aliou ao Centrão depois de não conseguir fechar o Congresso

Bolsonaro defende a pandemia para o povo não pedir seu impeachment, diz Nilo

Foto: Vinicius Loures/Agência Câmara

Por: Matheus Simoni no dia 26 de fevereiro de 2021 às 09:08


O deputado federal Marcelo Nilo (PSB-BA) avaliou os rumos da política do governo de Jair Bolsonaro em meio à pandemia de coronavírus. De acordo com o parlamentar, a aliança do presidente com o Centrão é a alternativa que o governante tem para implementar o autoritarismo. "Ele realmente não tem amor à vida das pessoas. Quando disse que não era coveiro para estar preocupado com a morte e que todos iríamos morrer, que era uma gripezinha, já perdemos 250 mil brasileiros e mais de 10 milhões de contaminados. A Bahia teve o recorde", disse Nilo, em entrevista a Mário Kertész hoje (26), durante o Jornal da Bahia no Ar da Rádio Metrópole.

"É um presidente que eu digo de coração. Eu acho que ele está defendendo a Covid, quer aglomeração e não quer máscara, para o povo não ir para as ruas pedir o seu impeachment, só pode. Bolsonaro só tem dois objetivos: salvar os filhos e a reeleição. Ele não pensa na vida do cidadão", disse o parlamentar.

Ainda de acordo com Marcelo Nilo, a estratégia do Centrão é se aliar somente aos atuais governantes do país, sem necessidade de apego ideológico."Bolsonaro falava cobras e lagartos do Centrão. Heleno, que é o grande braço direito, chegou a cantar uma música do Centrão. Bolsonaro viu que para gerir do jeito que ele quer, com autoritarismo e querendo fechar o Congresso e o Supremo, como não conseguiu, se aliou ao Centrão. O Centrão é o toma lá-dá cá mais fantástico que eu já vi na vida. Na reforma da previdência, a maioria não, todos os deputados que votaram a favor da reforma receberam R$ 40 milhões de reais em emendas parlamentares", disse.

"O Centrão, apoiou Dilma, Lula e Temer, apoia qualquer governo de plantão, mas é caro. Lira é caro. Centrão é caro. Existem deputados no Centrão muito sérios e corretos, que pensam no povo. Mas a maioria esmagadora pensa no umbigo", acrescentou Nilo.