
Política
Covid-19: Otto critica defesa por tratamento precoce e diz que negacionismo fez país ficar atrasado
Senador elogiou postura dos governadores para tentar adquirir vacinas diante da inércia do governo federalu o parlamentar.

Foto: Metropress
O senador Otto Alencar (PSD-BA) criticou a defesa do chamado tratamento precoce contra a Covid-19, doença causada pelo coronavírus. Em entrevista a Mário Kertész hoje (8), durante o Jornal da Bahia no Ar da Rádio Metrópole, ele afirmou que não há eficácia comprovada de remédios como hidroxicloroquina e ivermectina.
"Tem remédio precoce para sarampo? Só tem vacina. Tem para H1N1? Não, só tem vacina, é virose. Tem para varíola? Não, só tem vacina. Coronavírus é um vírus, causa uma virose e uma doença muito letar, que levou 266 mil brasileiro a óbito. Só resolve com a vacina, não há como. O que existe agora, depois de muito tempo, são medicamentos que são usados para diminuir as manifestações letais da doença, que são antibióticos e anticoagulantes", disse Otto, que também é médico.
Segundo o senador, um dos grandes problemas enfrentados na pandemia foi a proliferação de notícias falsas. Para Otto Alencar, a postura de Jair Bolsonaro prejudicou a conscientização da população quanto à gravidade do coronavírus. "Lá atrás, o negacionismo do presidente da República e do ministro da Saúde de querer essa história de medicação e remédio precoce foi um erro muito grande. Muitos juristas consideram inclusive um crime contra a população brasileira. Poderia ter assinado esse consórcio da OMS, Covax Facility. Eles agora vão trazer a vacina para o Brasil, exatamente por falta de cooperação", declarou o senador.
Para Otto, a união entre os governadores do país traz mais benefícios ao Brasil do que o governo federal. "Essa reunião agora dos governadores para ter o comando disso eu acho correto. Já que a União, através do presidente da República e do ministro, não tomaram a posição e o caminho correto de resolver, os governadores devem se associar sim. Agora mesmo está aí na imprensa uma fila de pacientes no RS, um estado que tem desenvolvimento econômico e social mais avançado, sem ter leito hospitalar, querendo transferir doentes de Porto Alegre para outros estados", afirmou.
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