Sexta-feira, 11 de julho de 2025

Faça parte do canal da Metropole no WhatsApp

Home

/

Notícias

/

Política

/

Cotada para Ministério da Saúde, médica perde preferência após áudio em que chama Bolsonaro de psicopata

Política

Cotada para Ministério da Saúde, médica perde preferência após áudio em que chama Bolsonaro de psicopata

Cardiologista era favorita para o cargo, mas gravação chegou ao conhecimento do presidente e fez ela perder o favoritismo

Cotada para Ministério da Saúde, médica perde preferência após áudio em que chama Bolsonaro de psicopata

Foto: Reprodução/CNN

Por: Matheus Simoni no dia 15 de março de 2021 às 07:45

A cardiologista Ludhmila Hajjar, cotada para assumir o cargo de Eduardo Pazuello no Ministério da Saúde, perdeu a preferência na lista de nomes avaliados pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (Sem partido). De acordo com informações do jornal O Globo, os motivos são supostas declarações da médica nos últimos anos, incluindo um áudio atribuído a Ludhmila em que ela teria chamado Bolsonaro "psicopata". O material chegou ao conhecimento de Bolsonaro no mesmo dia em que a médica se reuniu com o presidente.

No áudio, recebido por Bolsonaro após se encontrar com a cardiologista no Planalto, a interlocutora defende a eleição do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), para presidente, chamando-o de "corajoso". No início da pandemia da Covid-19, Caiado determinou medidas de restrição de circulação e confrontou Bolsonaro por declarações em que o presidente minimizava o impacto do vírus. "Nem sei o que vai acontecer com esse Brasil. Vai pegar fogo. Só sei que quero o Caiado presidente, só isso. Porque ele foi corajoso. Chega. Tem que cair esse JB. É um psicopata", disse a mulher.

Nas redes sociais, seguidores do presidente reagiram com críticas à possibilidade de nomeação de Ludhmilla, citando um vídeo em que Hajjar aparece numa conversa com a ex-presidente Dilma Rousseff. A cardiologista também é criticada pela militância bolsonarista por defender posicionamentos que são consenso na comunidade científica, como a inexistência de um "tratamento precoce" eficaz contra a Covid-19, além da adoção de medidas de isolamento social.

De acordo com o colunista do jornal O Globo, dra. Hajjar não deve aceitar o convite para o ministério em função das discordâncias.