
Política
Governador afastado do RJ Witzel é interrogado em tribunal que julga pedido de impeachment
Implicado em delação premiada pelo ex-secretário estadual de Saúde do Rio, a suspeita é de que o governador afastado tenha recebido pelo menos R$ 554,2 mil em propina

Foto: Carlos Magno
O governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), será interrogado nesta quarta-feira (7) pelo Tribunal Especial Misto, que julga o pedido de impeachment contra o ex-juiz. A Corte também ouvirá o ex-secretário estadual de Saúde Edmar Santos, que se tornou delator e implicou Witzel no esquema. A suspeita é que o governador tenha recebido, por intermédio do escritório de advocacia de sua mulher, Helena Witzel, pelo menos R$ 554,2 mil em propina.
O processo de impeachment contra Witzel chegou a ser suspenso por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em dezembro do ano passado. O governador afastado alegava justamente não ter tido acesso à delação de Edmar Santos. O ministro Alexandre de Moraes decidiu, na ocasião, que o interrogatório de Witzel deveria ser o último ato do julgamento. Nesta semana, a defesa de Witzel tentou novamente adiar o interrogatório. Novamente, os advogados citaram cerceamento à liberdade de defesa por supostamente não terem acesso à delação de Edmar.
Witzel está afastado do mandato desde agosto de 2020, por determinação do STJ, em um outro processo, o mesmo que deu origem ao pedido de impeachment e que corre paralelamente. O impedimento de Witzel é analisado por deputados e desembargadores do Tribunal de Justiça, que podem determinar a cassação dos direitos políticos. O governador afastado foi denunciado pelo Ministério Público e se tornou réu pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Witzel é acusado de envolvimento em desvios de recursos na área da saúde do Rio de Janeiro durante a gestão da pandemia.
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