Faça parte do canal da Metropole no WhatsApp >>

Terça-feira, 23 de abril de 2024

Home

/

Notícias

/

Política

/

CPI aprova convocação de Ricardo Barros e de diretor do MS que propôs propina de US$ 1 por dose de vacina

Política

CPI aprova convocação de Ricardo Barros e de diretor do MS que propôs propina de US$ 1 por dose de vacina

Representante da empresa que denunciou oferta ilegal também terá de prestar esclarecimentos

CPI aprova convocação de Ricardo Barros e de diretor do MS que propôs propina de US$ 1 por dose de vacina

Foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados

Por: Metro1 no dia 30 de junho de 2021 às 12:22

A CPI da Covid aprovou nesta quarta-feira (30) a convocação do deputado federal Ricardo Barros (Progressistas-PR), líder do governo na Câmara e apontado como suspeito de participar das negociações com indícios de fraude para a compra da vacina indiana Covaxin. O depoimento está marcado para quarta-feira (7).

Durante a sessão, os senadores também deram aval pela convocação de Roberto Ferreira Dias, o ex-diretor Departamento de Logística do Ministério da Saúde, e de Luiz Paulo Dominguetti Pereira, que se apresenta como representante da Davati Medical Supply. Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, Pereira relatou ter recebido de Dias pedido de propina de US$ 1 para cada dose da vacina AstraZeneca adquirida pelo governo Bolsonaro. O ex-diretor da pasta da Saúde também será ouvido na próxima quarta-feira, enquanto o representante da Davati prestará esclarecimentos na sexta (2).

Ferreira Dias foi exonerado nesta quarta (30), um dia após a Folha revelar que ele teria negociado propina para a compra de imunizantes contra a Covid-19. De acordo com o jornal, a Davati procurou o Ministério da Saúde para ofertar 400 milhões de doses da vacina AstraZeneca, com uma proposta inicial de US$ 3,5 por cada uma. 

Dominguetti teria se reunido com Dias no dia 25 de fevereiro, em um restaurante em Brasília. “O caminho do que aconteceu nesses bastidores com o Roberto Dias foi uma coisa muito tenebrosa, muito asquerosa”, disse o representante da Davati ao jornal.

“Eu falei que nós tínhamos a vacina, que a empresa era uma empresa forte, a Davati. E aí ele falou: ‘Olha, para trabalhar dentro do ministério, tem que compor com o grupo’. E eu falei: ‘Mas como compor com o grupo? Que composição que seria essa?’”, afirmou Dominguetti.