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CPI ouve nesta quinta empresário suspeito de envolvimento no caso Covaxin

Política

CPI ouve nesta quinta empresário suspeito de envolvimento no caso Covaxin

Danilo Trento teria viajado com diretor da Precisa Medicamentos à Índia para negociar testes e vacinas

CPI ouve nesta quinta empresário suspeito de envolvimento no caso Covaxin

Foto: Pedro França/Agência Senado

Por: Metro1 no dia 23 de setembro de 2021 às 09:10

A CPI da Covid ouve nesta quinta-feira (23) o empresário Danilo Trento, suspeito de ter participado das negociações para a compra de testes e da vacina indiana Covaxin, cuja contratação foi intermediada pela Precisa Medicamentos.

A pedido do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), a comissão tomará o depoimento de Trento para  esclarecer, entre outros fatos, qual o grau de envolvimento dele com Francisco Maximiano, dono da Precisa Medicamentos, empresa que representou a indiana Bharat Biotech, fabricante da Covaxin no contrato para compra dos imunizantes pelo Ministério da Saúde. Trento comparecerá à comissão protegido por um habeas corpus concedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Luis Roberto Barroso na noite desta quarta-feira (22).

Conforme o senador, Danilo Trento é sócio da empresa Primarcial Holding e Participações, com sede em São Paulo e no mesmo endereço da empresa Primares Holding e Participações, cujo sócio é Francisco Maximiano.

"Recebemos também informações de que Danilo e Maximiano viajaram juntos à Índia para as negociações em torno dos testes de covid e da vacina Covaxin", explicou po aparlamenter em seu requerimento.

Alguns senadores acreditam ainda que Danilo Trento tenha relações comerciais com o suposto dono da FIB Bank, Marcos Tolentino. A FIB Bank foi a empresa escolhida pela Precisa para oferecer garantia no contrato de compra da vacina. Apesar do nome, não se trata de um banco e, pelas investigações, a instituição não teria condições mínimas de arcar com a garantia oferecida. 

A intenção do Ministério da Saúde era comprar 20 milhões de doses da Covaxin do laboratório indiano Bharat Biotech, mas em 29 de julho o contrato foi definitivamente cancelado, após as denúncias de irregularidades apresentadas à CPI pelo deputado federal Luís Miranda (DEM-DF) e seu irmão Luís Ricardo, que é funcionário do Ministério da Saúde. Com isso, o pagamento não chegou a ser efetivado pelo governo.