Política
Cientista política critica baixa representação feminina e culpa partidos por não viabilizarem candidaturas
Percentual mínimo de candidatas mulheres a ser lançado numa chapa proporcional é de 30%
Foto: Divulgação
Nesta quarta-feira (20), a partir das 14h, a OAB-BA recebe o evento "Quero Você Eleita" edição Bahia, onde pré-candidatas à eleição e pessoas que vão trabalhar na campanha eleitoral receberão orientações de profissionais que têm experiência nesse tipo de atividade.
A cofundadora do projeto, Gabriela Rollemberg foi entrevistada nesta terça-feira (19) no Metropole Serviço. Advogada eleitoral e cientista política, ela defende que a política mudará quando houver mais mulheres nela.
No Congresso, mulheres ainda são 15% e apenas uma mulher foi eleita ao governo estadual nas eleições de 2018. No momento, há três mulheres em exercício. "Mas ainda é muito pouco, são 26 estados e o distrito federal", argumenta Rollemberg.
O percentual mínimo de candidatas mulheres a ser lançado numa chapa proporcional é de 30% desde 2020. No entanto, nem todos os partidos respeitam a cota.
"A perspectiva dos partidos ainda é muito de só pensar na candidatura, no preenchimento da cota, ainda há muita concentração na distribuição de recursos. Que sejam candidaturas, mas que sejam candidaturas viáveis, eficientes, e que elas sejam eleitas. Não queremos mulheres candidatas, queremos mulheres eleitas", afirma a cientista política.
Rollemberg trabalha com inovação política, e argumenta que essa é a função da eleição das mulheres.
"Logo depois da criação da bancada feminina, a gente teve a CPI da pandemia sem uma representação feminina. Então as senadoras pleitearam ter voz, mesmo não tendo voto. A partir de então, vimos o protagonismo que essas mulheres tiveram. Quando a gente pega os índices de corrupção, a gente percebe que mulheres produzem governos menos corruptos", conta.
Para mudar o cenário político, afirma, há apenas uma saída: "Votem em mulheres".
📲 Clique aqui para fazer parte do novo canal da Metropole no WhatsApp.