
Política
Lula diz não ver efeito negativo na exploração de petróleo na foz do rio Amazonas
Solicitação de exploração feita pela Petrobras foi negada pelo Ibama na última quarta-feira (17); o presidente garantiu que caso a exploração do petróleo tenha problemas, não será feita

Foto: Ricardo Stuckert/PR
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta, segunda-feira (22), não ver efeito negativo sobre a Amazônia na exploração de petróleo na foz do rio Amazonas. A declaração foi dada em Hiroshima, no Japão, onde Lula participou como convidado da reunião do G7. A informação é da Folha de São Paulo.
Na última quarta-feira (17), o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) negou a licença solicitada pela Petrobras para perfurar a bacia da foz com objetivo de explorar petróleo na região. Em resposta à negativa do Ibama, a Petrobras afirmou que os recursos mobilizados nas regiões do Amapá e Pará para a realização da Avaliação Pré-Operacional foram feitos em atendimento a decisões e aprovações do instituto.
Ainda na declaração, Lula disse que só poderá tomar uma decisão após retornar ao Brasil. "É em alto mar. Se explorar esse petróleo tiver problema para a Amazônia, certamente não será explorado, mas eu acho difícil, porque é a 530 quilômetros de distância da Amazônia", disse Lula.
O impasse tem mobilizado o governo Lula. Após o pedido ter sido recusado pelo Ibama, Randolfe Rodrigues, líder do governo no Congresso Nacional, decidiu deixar a Rede, partido da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Randolfe é um dos defensores da perfuração da bacia.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, estimulou a Petrobras e reiterou o pedido da liberação ao Ibama. Já a estatal anunciou que analisa o apelo da pasta de Silveira e que segue comprometida com o desenvolvimento da margem equatorial brasileira.
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