Abin diz à CPMI que influenciadores digitais incitaram e lucraram com ataques golpistas; baiano é citado

A Abin (Agência Brasileira de Inteligência) afirmou que influenciadores digitais tiveram papel central na radicalização que levou à invasão das sedes dos três Poderes, nos ataques golpistas do 8 de janeiro. As informações foram enviadas pela Abin à CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) e foi divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo. 

Um dos influenciadores citados pela Abin é o baiano Adriano Luiz Ramos de Castro, conhecido pelo apelido “Didi Red Pill”, participante da primeira edição do Big Brother Brasil. A agência informou que ele esteve no acampamento golpista em frente ao Comando Militar de Salvador, e participou da invasão à sede dos três Poderes e transmitiu ao vivo pelo YouTube.

Durante a live, Luiz Ramos teria parabenizado os invasores e justificou a violência como "resposta legítima" da sociedade contra os "desmandos" do Supremo Tribunal Federal. Além de terem estimulado, os influenciadores teriam faturado com os atos golpistas. Conforme a Abin, os influenciadores fortaleceram narrativas; canalizaram queixas e ressentimentos pessoais e coletivos em críticas políticas contra governos e instituições; estimularam a polarização; e incitaram outras pessoas à violência.