
Política
STF permite que secretário do governo Lula tenha acesso a diálogos da Lava Jato
Segundo advgoados de Wadih Nemer Damous Filho, é a primeira vez que a Justiça autoriza que uma pessoa que não é ré, nem investigada pela operação, tenha acesso

Foto: Tomaz Silva/ Agência Brasil
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli, determinou que o ex-deputado federal e atual secretário nacional do Consumidor, Wadih Nemer Damous Filho (PT), tenha acesso integral às mensagens hackeadas dos integrantes da Lava Jato em que seu nome é citado. A informação foi divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo.
A decisão atende a um pedido dos advogados que representam Wadih Damous. Segundo eles, é a primeira vez que a Justiça autoriza que uma pessoa que não é ré, nem investigada pela Lava Jato, possa ter acesso às conversas.
A ação conhecida como “Vaza Jato”, foi o vazamento de conversas entre o então juiz Sergio Moro, o então promotor Deltan Dallagnol e outros membros da Lava Jato, em 2019. No pedido, os advogados argumentam que o nome do petista é citado em diálogos mantidos entre os procuradores da Lava Jato, em que ficaria clara a intenção de persegui-lo "como inimigo".
Wadih Damous assumiu em 2015 a vaga de deputado federal de Fabiano Horta, que se licenciou para ocupar o cargo de secretário municipal no Rio de Janeiro, e atuou na Câmara de forma crítica ao trabalho da Lava Jato e a Sergio Moro. Ao deferir o pedido, o ministro Dias Toffoli destaca decisões anteriores que permitiram a investigados na operação acesso às conversas em suas defesas jurídicas.
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