
Política
Operação da PF aponta que integrantes de facção criminosa tinham Pacheco e Lira como alvos de "missão"
A pesquisa sobre as casas de Pacheco e Lira não foram as únicas medidas tomadas pelo PCC

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
A Polícia Federal descobriu que membros da facção criminosa PCC pesquisaram detalhes sobre as residências do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD). As informações constam em relatórios de inteligência do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) e da própria PF, segundo o jornal Folha de S.Paulo.
A corporação descobriu a movimentação dos integrantes do PCC durante a operação Sequaz, deflagrada em março deste ano, que também desarticulou o plano da facção para sequestrar o ex-juiz da Lava Jato, senador Sérgio Moro (União).
A pesquisa sobre as casas de Pacheco e Lira não foram as únicas medidas tomadas pelo PCC. De acordo com os documentos do Ministério Público, a facção também enviou um grupo a Brasília para pôr em prática uma missão, que não teve mais detalhes divulgados. A PF ainda encontrou fotos aéreas dos imóveis dos presidentes do Senado e da Câmara.
"Após a quebra de sigilo de celulares apreendidos, encontrou imagens, com comentários, capturadas na internet no dia 29/11/2022 pelos criminosos que compunham a célula Restrita [espécie de grupo de elite criado para 'situações diferenciadas'] do PCC, das residências oficiais dos Presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados", diz um trecho do documento.
Outro ponto que chamou atenção das autoridades foi a pesquisa do site de compra de imóveis na região de Brasília onde estão localizadas as residências de Pacheco e Lira. Além disso, o grupo criminoso gastou aproximadamente R$ 44 mil para a compra de "aparelhos celulares, aluguel de imóvel, transporte, seguro, IPTU, alimentação, hospedagem, mobília do imóvel, compra de eletroeletrônicos, etc."
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