STM tem dois votos para reduzir em 28 anos pena de agentes do Exército que mataram músico e catador

Dois ministros do Supremo Tribunal Militar votaram, nesta quinta-feira (29), pela redução da pena de oito militares do Exército condenados pela morte do músico Evaldo Santos e do catador Luciano Macedo em 2019, durante operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) no Rio de Janeiro.

Durante a sessão, os ministros Carlos Augusto Amaral, relator do processo, e José Coêlho votaram para reduzir as penas de sete militares para 3 anos. A condenação do tenente de 31 anos caiu para 3 anos e 7 meses. Apesar da manifestação, o julgamento foi suspenso por um pedido de vista da ministra Maria Elizabeth Rocha.

O ministro Carlos Amaral afirmou que as investigações mostram que os militares estavam em busca de outro Ford KA branco, que foi utilizado pelos criminosos que cometeram um assalto. Dessa forma, houve "uma fatalidade", segundo o magistrado.

 Eles foram mortos com 257 tiros durante operação na qual militares buscavam autores de um roubo e dispararam contra o carro onde estava Evaldo, um Ford KA branco. Em 2021, sete militares foram condenados a 28 anos de prisão. O oitavo, um tenente que comandava a missão, recebeu pena de 31 anos de prisão. Eles respondem ao processo em liberdade.

O sogro do músico foi ferido na ação, enquanto sua mulher, seu filho e uma amiga que também estavam no veículo não foram atingidos. O catador Luciano foi baleado ao tentar socorrer Evaldo. Em abril do ano passado, a Advocacia-Geral da União (AGU) fechou um acordo para pagamento de indenização às famílias das vítimas.