Política
Pai de Mauro Cid usou estrutura da Apex em Miami para ir a acampamento golpista
Militar comandava o escritório por indicação de Jair Bolsonaro
Foto: Roberto Oliveira/ALERJ
O general Mauro Cesar Lourena Cid, pai do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, usou a estrutura do escritório da Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) com o intuito de apoiar as articulações golpistas e participar do acampamento no quartel-general do Exército no fim do ano de 2022.
O general Cid era responsável por comandar o escritório da agência em Miami, por indicação do então presidente Jair Bolsonaro. Em imagens divulgadas pelo colunista Aguirre Talento, do portal UOL, é possível ver o general com o funcionário da Apex Michael Rinelli no acampamento QG do Exército, em Brasília, no dia 3 de dezembro de 2022.
Os registros de viagem da agência indicam que eles teriam ido de Miami para Brasília no período entre 26 de novembro e 11 de dezembro de 2022. O que custou cerca de R$ 9.300 para os cofres da agência. A justificativa oficial para a viagem foi um evento de confraternização da agência.
O período da viagem coincide, segundo investigações da Polícia Federal, com as discussões de uma minuta golpista pelo então presidente Jair Bolsonaro com a cúpula das Forças Armadas. O general Mauro Lourena Cid é investigado no caso da venda, nos Estados Unidos, das jóias recebidas por Jair Bolsonaro durante o período em que era presidente da República.
A Apex não é um órgão estatal, mas é auditada pelo TCU (Tribunal de Contas da União) e tem que prestar contas à corte de contas. Em 2022, o orçamento da agência foi de R$1,3 bilhão.
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