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CCJ da Câmara dos Deputados aprova projeto que autoriza estados a legislarem sobre posse e porte de armas

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CCJ da Câmara dos Deputados aprova projeto que autoriza estados a legislarem sobre posse e porte de armas

O texto segue agora para análise em uma comissão especial, onde os parlamentares sugiram ou não mudanças na redação original, só depois poderá ser votado no plenário

CCJ da Câmara dos Deputados aprova projeto que autoriza estados a legislarem sobre posse e porte de armas

Foto: Bruno Spada / Câmara dos Deputados

Por: Metro1 no dia 25 de abril de 2024 às 12:45

Por 34 a 30 votos, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou, na quarta-feira (24), o projeto de lei complementar que propõe passar para os estados e ao Distrito Federal a competência para legislar sobre posse e porte de armas de fogo. O projeto diz respeito a equipamentos para defesa pessoal, práticas desportivas e controle de espécies exóticas invasoras. Na prática, o texto pretende flexibilizar as regras sobre esse tipo de armamento. Atualmente, é a Polícia Federal que concede posse e porte de armas no Brasil.

A autora do projeto é a deputada deputada Caroline de Toni (PL-SC). Na sessão, ela alegou que o objetivo é reverter as limitações de acesso a armas impostas pelo governo Lula. Deputados do PT e Psol afirmaram que pretendem acionar o STF (Supremo Tribunal Federal). O texto segue agora para análise em uma comissão especial, para que os parlamentares sugiram ou não mudanças na redação original. Na CCJ, foi avaliado apenas se a proposta era constitucional. Em dezembro, o projeto já havia sido aprovado na Comissão de Segurança Pública.

O texto aprovado na CCJ prevê que a lei local sobre porte de armas estará sujeita à apreciação das assembleias estaduais e que a autorização para posse e porte não trate de armas ou munição proibidas por lei nacional. Além disso, a proposta é que as autorizações sejam válidas apenas para o território do estado e concedidas mediante comprovação de residência.

O Ministério Público já defendeu, junto ao Tribunal de Contas da União, a suspensão da tramitação dessa matéria. O subprocurador-geral do TCU, Lucas Rocha Furtado, argumenta que o projeto é inconstitucional e que essa flexibilização, no governo Bolsonaro, já permitiu que traficantes e condenados por homicídio tivessem registro de CACs (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador).