
Política
PEC que propõe fim da escala 6×1 enfrenta resistência na Câmara
O texto da deputada Erika Hilton (PSOL-SP), sugere uma jornada semanal de 36 horas, com quatro dias de trabalho e três de folga

Foto: Divulgação/PSOL
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prevê o fim da escala de trabalho 6×1 está parada na Câmara dos Deputados desde que foi protocolada, há quase dois meses. De autoria da deputada Erika Hilton (PSOL-SP), a medida sugere uma jornada semanal de 36 horas, com quatro dias de trabalho e três de folga.
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), ainda não encaminhou o texto, que deve começar a tramitar pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Ele declarou que a proposta entrará em discussão “nos próximos dias”, mas alertou que “não dá para ficar vendendo sonho”, indicando baixa viabilidade da matéria no formato atual.
Nos bastidores, parlamentares do PSOL e do PT já admitem mudanças no texto para reduzir a resistência, especialmente de partidos da centro-direita, que defendem que a carga horária seja negociada entre empregadores e trabalhadores.
Nesta quinta-feira (1º), Dia do Trabalhador, Erika Hilton promove atos em 12 cidades com apoio do Movimento Vida Além do Trabalho, defendendo uma “jornada digna” e criticando a escala atual, considerada exaustiva pelos defensores da proposta. “Neste Dia do Trabalhador, iremos às ruas de todo o Brasil por uma jornada de trabalho digna e pelo fim da escala 6×1. Estaremos lá pelos trabalhadores que não têm direito de viver a própria vida”, escreveu a deputada.
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